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Em crise, Nissan vai encerrar 9 mil postos de trabalho no mundo e reduzir sua produção em 20%

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Depois de uma queda de 93% no lucro do primeiro semestre, a montadora está adotando uma série de medidas para tentar sair da crise. Foto do modelo Nissan Kicks Active

Divulgação | Nissan

A montadora japonesa Nissan anunciou nesta quinta-feira (7) que vai encerrar 9 mil postos de trabalho no mundo e reduzirá em 20% suas capacidades de produção, consequência direta da queda nas vendas.

O grupo também revisou e reduziu drasticamente as previsões de receitas e lucros operacionais para o ano fiscal de 2024.

"Diante da gravidade da situação, a Nissan está adotando medidas urgentes para reverter seus resultados e criar uma empresa mais reativa e resiliente", afirma um comunicado.

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A empresa japonesa e as concorrentes locais enfrentam uma forte concorrência da China, com a rápida expansão de suas montadoras de carros elétricos apoiadas pelo governo.

O CEO da Nissan, Makoto Uchida, afirmou que as vendas fracas no mercado crucial dos Estados Unidos também influenciaram a situação da empresa, que registrou uma queda 93% no lucro no primeiro semestre.

Uchida "reduzirá voluntariamente 50% de sua remuneração mensal a partir de novembro de 2024. Os demais integrantes do comitê executivo terão cortes salariais voluntários", acrescenta o comunicado.

A Nissan agora projeta vendas líquidas de 12,7 trilhões de ienes (cerca de US$ 80 bilhões), abaixo dos 14 trilhões de ienes projetados anteriormente.

A empresa não divulgou uma nova projeção de lucro, depois de reduzir a previsão em julho para 300 bilhões de ienes em julho.

No semestre entre abril e setembro, o lucro líquido foi de apenas 19,2 bilhões de ienes.

"Os lucros líquidos não foram determinados devido à avaliação em curso dos custos necessários para os esforços de recuperação planejados", explicou Uchida.

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