ECONOMIA
Maior parte do valor será custeada por encargo na conta de luz. Programa leva energia a áreas rurais e isoladas. Imóveis em 15 estados serão contemplados; veja ranking. Ligações do programa Luz para Todos beneficiam comunidades rurais de JurutiEquatorial Energia Pará / DivulgaçãoO Ministério de Minas e Energia lançou nesta quinta-feira (7) uma consulta pública para definir o orçamento do programa Luz para Todos em 2025. A pasta pretende reservar R$ 4,3 bilhões para ações no ano que vem.A maior parte desse valor é custeada por todos os consumidores na conta de luz. São R$ 3,95 bilhões pagos por meio do encargo Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) — que agrega subsídios a políticas públicas, como a universalização do serviço de energia.Recriado em 2023, o Luz para Todos é um programa operado pelo governo, que dá subvenção econômica às distribuidoras de energia para que levem eletricidade a áreas sem o serviço, como comunidades rurais e regiões remotas da Amazônia Legal.A meta do governo é iluminar 97,1 mil imóveis em 2025. O número é 23% superior à meta deste ano.Os seguintes estados serão atendidos:Pará: 40.192 imóveisBahia: 13.300 imóveisAmapá: 9.452 imóveisPiauí: 7.344 imóveisAmazonas: 4.918 imóveisMaranhão: 4.634 imóveisRoraima: 4.387 imóveisAcre: 4.348 imóveisTocantins: 2.624 imóveisRondônia: 2.561 imóveisMato Grosso: 1.696 imóveisCeará: 1.000 imóveisGoiás: 315 imóveisRio de Janeiro: 221 imóveisParaíba: 120 imóveisSegundo o governo, o orçamento será usado para dar continuidade a obras em execução e em processo de contratação. O governo tem como meta atender a 500 mil famílias até o final de 2026.Lula inaugura subestação e anuncia a retomada do 'Luz para Todos' em Parintins"O aumento de recursos a serem disponibilizados na promoção da universalização dos serviços públicos de distribuição de energia reafirma o compromisso do Governo Brasileiro em promover um crescimento sustentável inclusivo e equitativo", diz a nota técnica do Ministério de Minas e Energia.Criado em 2003, o programa Luz para Todos tinha o objetivo de levar energia elétrica às residências que não são atendidas pelas distribuidoras. Prorrogado por diversas vezes até 2022, o programa foi retomado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em agosto de 2023.Nas comunidades isoladas da Amazônia, o programa tem levado kits individuais de energia solar. Já nas comunidades rurais, as famílias são atendidas com a extensão da rede das distribuidoras até as localidades.