Portal de Notícias Administrável desenvolvido por Hotfix

ECONOMIA BRASIL

Agência declara situação crítica de escassez hídrica no rio Paraguai pela 2ª vez no ano

.


Válida até 31 de janeiro, declaração sinaliza necessidade de medidas adicionais por parte do governo. Em maio, a ANA já havia emitido uma declaração até 30 de outubro. Rio Paraguai registra o menor nível em 124 anos.

Reprodução/TV Morena

A Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) aprovou nesta terça-feira (26) a emissão de uma declaração de situação crítica de escassez hídrica no rio Paraguai, no Pantanal, até 31 de janeiro de 2025.

Somente em 2024, é a segunda vez que a ANA declara escassez hídrica no rio Paraguai. Em maio, a ANA já havia emitido uma declaração até 30 de outubro — data que a resolução expirou.

Nesta terça-feira (26), a agência revisitou o tema por conta da "seca severa" na região e a perspectiva de atraso no início da estação chuvosa.

Rio Paraguai atinge o menor nível da história em Ladário-MS

A previsão da agência é que o nível de água no rio alcance o patamar considerado "satisfatório" somente entre fevereiro e março de 2025.

"O atraso do período chuvoso do ciclo 2024/2025 e a incerteza quanto às magnitudes das precipitações futuras constituem um cenário preocupante aos usos múltiplos dos recursos hídricos", declarou a área técnica da ANA.

O rio é usado para transporte de carga, abastecimento de água, geração de energia elétrica, pesca, turismo e lazer.

A região hidrográfica do Paraguai ocupa 4,3% do território nacional, localizada em parte do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. A bacia inclui a maior parte do Pantanal-mato-grossense.

Neste ano, a agência já emitiu cinco declarações de situação crítica de escassez hídrica:

rio Paraguai;

rio Madeira;

rio Purus e seus afluentes;

trecho baixo do rio Tapajós;

rio Xingu.

De acordo com a ANA, além do rio Paraguai, as outras bacias não devem ter a declaração de escassez renovada.

Declaração da ANA

????A declaração de "situação crítica" de escassez hídrica da ANA permite que a agência defina regras especiais para uso da água e operação dos reservatórios, além de corroborar declarações de emergência nos municípios afetados.

A decisão também admite que entidades de regulação e empresas de saneamento dos estados aumentem o valor das tarifas de distribuição de água.

A declaração sinaliza a outros agentes públicos a necessidade de tomar medidas adicionais para garantir a navegabilidade dos rios ou adotar mecanismos de contingência, que não são de competência da agência de águas.

"Uma das recomendações da declaração de escassez sempre é ampliar o monitoramento. E a gente vai entrar no ano que vem com um corte tão severo de orçamento que nós não podemos garantir isso como agência", declarou o diretor interino da ANA, Marcelo Medeiros.

Segundo o diretor, novos bloqueios ou contingenciamentos no orçamento da agência podem prejudicar o monitoramento dos fenômenos climáticos.

ECONOMIA

Assine o Portal!

Receba as principais notícias em primeira mão assim que elas forem postadas!

Assinar Grátis!

Assine o Portal!

Receba as principais notícias em primeira mão assim que elas forem postadas!

Assinar Grátis!