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'Justiça fiscal e social', 'fraco e inócuo': veja como Congresso reagiu ao pacote de corte de gastos anunciado pelo governo Lula

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Anúncio foi feito por Haddad em rede nacional e detalhado em entrevista no Planalto. Pacheco prevê concluir votação ainda em 2024. Parlamentares aliados ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e também que fazem oposição ao petista repercutiram nas redes sociais o pacote de medidas de corte de gastos.

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Para aliados, o governo adota medidas que levam à "justiça fiscal e social", enquanto a oposição chamou o pacote de "fraco e inócuo" (veja detalhes mais abaixo).

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O anúncio foi feito nesta quarta-feira (27) pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em um pronunciamento em rede nacional de rádio e TV.

Nesta quinta (28), Fernando Haddad e outros ministros – entre os quais Rui Costa (Casa Civil) e Simone Tebet (Planejamento) – detalharam as medidas em entrevista coletiva no Palácio do Planalto.

Fernando Haddad, Esther Dweck e Simone Tebet falam sobre o corte de gastos do governo

Diogo Zacarias/Ministério da Fazenda

Além disso, o ministro da Fazenda e o ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, se reuniram no Congresso Nacional com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), além de líderes partidários, para detalhar as propostas.

Ao final do encontro, Pacheco afirmou estimar que o pacote será votado ainda em 2024, sendo um prazo de duas semanas para discussão e votação na Câmara dos Deputados e, na última semana antes do recesso, no Senado.

Entre outros pontos, o pacote prevê:

Salário mínimo: limitação do crescimento real a 2,5%;

Bolsa família: muda regras como atualização obrigatória para cadastros desatualizados e biometria obrigatória;

Benefício de Prestação Continuada: vai focar em em pessoas incapacitadas para a vida independente e para o trabalho;

Militares: acaba com a morte fictícia e transferência de pensão.

Críticas ao mercado

Para José Guimarães (PT-CE), líder do governo na Câmara dos Deputados, o governo anunciou medidas que vão garantir a retomada do Crescimento e o equilíbrio das contas públicas. Em rede social, Guimarães disse ainda que Lula "não governa para o mercado, mas para todas as brasileiras e brasileiros".

"A fala do ministro Fernando Haddad em rede nacional de rádio e TV [...] é um passo importante para a justiça fiscal e social", afirmou.

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Na mesma linha de Guimarães, a deputada Gleisi Hoffmann, presidente nacional do PT, disse que os analistas do mercado passaram as últimas semanas "exigindo" cortes por parte do governo, mas, quando o anúncio foi feito, "mandaram o dólar para a Lua". Para Gleisi, o governo anunciou proposta "socialmente justa".

O senador Humberto Costa (PT-PE), por sua vez, disse que as medidas anunciadas por Haddad vão gerar economia de R$ 70 bilhões nos próximos dois anos e "consolidam o compromisso" do governo com a sustentabilidade fiscal.

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Oposição vê cortina de fumaça

Nesta quinta, o senador Marcos Rogério (PL-RO), que participou da reunião com Haddad no gabinete de Pacheco, disse que o governo criou uma "cortina de fumaça" para tentar responsabilizar o governo Jair Bolsonaro (2019-2022) pelo rombo das contas públicas.

"A fala dele [Haddad] ontem [na TV] foi uma fala política, uma retórica política olhando no retrovisor querendo desenhar, pintar para a sociedade que os problemas que o atual governo vem enfrentando, depois de mais de dois anos de governo, [...] que isso tudo é consequência de medidas adotadas no governo anterior", disse Rogério.

Filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) afirmou que o governo Lula está "derretendo o Brasil"e anunciando medidas "sem sentido".

Na mesma linha crítica, o líder da oposição no Senado, Rogério Marinho (PL-RN), disse que o pacote é "fraco" e "inócuo", feito por um governo que não enfrenta a crise fiscal.

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