Segundo IBGE, o Produto Interno Bruto apresentou crescimento de 0,9% no terceiro trimestre deste ano. Para o governo, a atividade econômica deverá crescer menos no último trimestre deste ano por conta do processo de alta dos juros. Consumo e investimentos foram destaque no PIB do 2º trimestre
Getty Images via BBC
A Secretaria de Política Econômica do Ministério da Fazenda (SPE) avaliou nesta terça-feira (2) que a economia seguiu com "ritmo robusto" de expansão no terceiro trimestre deste ano.
Mais cedo, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que o Produto Interno Bruto (PIB) apresentou crescimento de 0,9% no terceiro trimestre, frente aos três meses anteriores.
"O crescimento do PIB no terceiro trimestre foi superior à projeção exibida no Boletim Macrofiscal de novembro, realizada com base em indicadores coincidentes já disponíveis até 11 de novembro. Dessa maneira, a projeção do Ministério da Fazenda para o crescimento do PIB de 2024, atualmente em 3,3%, deverá ser revisada para cima, repercutindo perspectivas de maior crescimento para a indústria e para os serviços", informou a Secretaria de Política Econômica, por meio de nota.
PIB do Brasil cresce 0,9% no 3º trimestre
Ainda de acordo com a área econômica do governo, o crescimento continuou forte mesmo com "menores impulsos fiscais" (gastos do governo), impulsionado pelo bom desempenho da indústria de transformação e construção e pelo crescimento na prestação de serviços diversos.
"A atividade econômica deve continuar a crescer no próximo trimestre, embora com desaceleração na margem. A política monetária [alta de juros] mais contracionista deverá restringir o ritmo de expansão das concessões de crédito e dos investimentos", acrescentou a SPE, do Ministério da Fazenda.
Ainda assim, acrescentou que "impulsos positivos" devem vir do mercado de trabalho, que deverá seguir resiliente, estimulando a produção e o e consumo das famílias.
"Para 2025, destaca-se a boa perspectiva para setores menos cíclicos, como a agropecuária e a produção extrativa. O bom desempenho dessas atividades deve ajudar a mitigar a desaceleração esperada para as atividades cíclicas, mais impactadas pelo aumento dos juros e pelos menores estímulos fiscais", concluiu o governo.