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Dólar abre em baixa nesta quinta-feira

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Por REDAÇÃO: NOVA TV ALTO TIETÊ em 05/12/2024 às 09:18:57

No dia anterior, a moeda norte-americana fechou em queda de 0,13%, cotada em R$ 6,0477. Já o principal índice de ações da bolsa de valores brasileira encerrou com um recuo de 0,04%, aos 126.087 pontos. Dólar

Karolina Grabowska/Pexels

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O dólar abriu em baixa nesta quinta-feira (5).

Veja abaixo o resumo dos mercados.

MOTIVOS: Ibovespa tem melhor mês desde novembro, mas dólar não segue o entusiasmo

DÓLAR: Qual o melhor momento para comprar a moeda?

Dólar

Às 09h03, o dólar caía 0,22%, cotado a R$ 6,0345. Veja mais cotações.

No dia anterior, a moeda caiu 0,13%, cotada a R$ 6,0477.

Com o resultado, acumulou:

alta de 0,79% na semana e no mês;

ganho de 24,63% no ano.

Ibovespa

Já o Ibovespa encerrou com um recuo de 0,04%, aos 126.087 pontos.

Com o resultado, acumulou:

avanço de 0,33% na semana e no mês;

recuo de 6,04% no ano.

Na véspera, o índice encerrou em alta de 0,72%, aos 126.139 pontos.

Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair

O que está mexendo com os mercados?

Sem grandes destaques no noticiário doméstico, o cenário fiscal continuava a fazer preço nos mercados nesta quarta-feira (4). Investidores voltaram as atenções para novas falas de Lira e Haddad, que participaram durante a tarde de um evento promovido pelo portal "Jota", em Brasília.

O presidente da Câmara, Arthur Lira, afirmou que a decisão do Supremi Tribunal Federal (STF) de liberar o pagamento de emendas parlamentares afetou o clima na Casa e que, neste momento, o governo não teria votos para aprovar a urgência dos projetos de lei do pacote fiscal. Ainda assim, garantiu que a medida será aprovada nas próximas semanas.

"Temos que tratar esse assunto [pacote fiscal] com toda a seriedade, o que não está sendo fácil, porque tem muitas variáveis que estão acontecendo que não dependem só da vontade do Congresso e não estão ajudando no encaminhamento da sensibilidade política nesse momento", disse.

Já Haddad falou sobre o pacote fiscal anunciado pelo governo na última semana e defendeu que o aumento da isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil é uma medida neutra, e não populista.

"Dizem que a reforma da renda é populista, mas ela é neutra do ponto de vista fiscal, como a reforma do consumo é neutra. Não estamos pretendendo arrecadar mais ou menos, mas tributar melhor", afirmou Haddad.

???? Ao dizer que a reforma tributária e a reforma do IR são "neutras", Haddad quer dizer que elas não impactam o volume da cobrança de impostos. Ou seja: mudam o formato da cobrança, mas não geram uma taxação maior ou menor que a atual.

Com a capacidade de cumprimento da meta fiscal do governo em voga, também ficou no radar dos investidores uma nova pesquisa Quaest sobre a popularidade do presidente Lula no mercado financeiro.

A pesquisa foi realizada com 105 agentes do mercado e mostra uma piora expressiva na avaliação do governo. A reprovação de Lula disparou para 90%, contra 26% registrados no último levantamento, feito em março.

Outros 3% avaliam o governo Lula como positivo (eram 6% em março) e 7%, como regular (eram 30%).

Para o diretor da Quaest, Felipe Nunes, os números representam um forte alta na reprovação do governo Lula e a reação do mercado financeiro ao pacote de corte de gastos apresentado na semana passada.

Entre os entrevistados, 86% acreditam que Lula está preocupado com sua popularidade e 29%, com o equilíbrio das contas públicas.

A avaliação do Congresso também piorou, segundo Nunes, e uma possível explicação é que o mercado acredita que a isenção de imposto de renda para quem ganha até R$ 5 mil deve ser aprovada, mas o aumento da tributação para quem ganha mais de R$ 50 mil por mês, não.

No exterior, falas do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), Jerome Powell, ficaram no radar. Em um evento durante a tarde, Powell afirmou que o desempenho recente da economia norte-americana permite que o BC do país seja mais criterioso com a trajetória dos cortes de juros.

"A economia está forte e está mais forte do que pensávamos em setembro", disse o banqueiro central, reforçando que a inflação norte-americana também está um pouco acima do esperado.

Powell também disse que não teme que o novo governo de Donald Trump, presidente eleito dos EUA, possa prejudicá-lo como líder do Fed.

Indicadores econômicos

Na agenda do dia, investidores também repercutiram indicadores econômicos locais e internacionais. Por aqui, a produção industrial brasileira caiu 0,2% em outubro em relação a setembro, interrompendo dois meses consecutivos de alta, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Em 12 meses, no entanto, a indústria nacional cresceu 3,0%, enquanto no acumulado do ano até aqui, a alta é de 3,4%.

Esses números reforçam a visão de que a economia brasileira segue aquecida, principalmente após a divulgação do PIB do terceiro trimestre na véspera. Nesse caso, o indicador cresceu 0,9% no período em relação aos três meses imediatamente anteriores, segundo dados do IBGE, em linha com o esperado pelo mercado.

Apesar de representar o 13º resultado positivo seguido do indicador em bases trimestrais, o resultado ainda representa uma desaceleração em relação aos meses de abril a junho deste ano, quando a atividade registrou alta de 1,4%.

Segundo Gustavo Cruz, estrategista-chefe da RB Investimentos, os dados "são positivos e indicam revisões para cima nas projeções de crescimento, que ainda não refletiam um avanço de 3% ou mais".

Esse cenário, no entanto, deve contribuir para uma maior pressão da inflação no país e, consequentemente, juros também em patamares mais restritivos.

"Com a revisão do crescimento do PIB de 2023 de 2,9% para 3,2%, o Brasil demonstra um avanço acima de sua média estrutural, o que pode levar o Banco Central a manter condições monetárias mais restritivas no curto prazo", afirma Cruz.

Já no exterior, novos dados de atividade dos Estados Unidos ficaram sob os holofotes. Por lá, o Relatório Nacional de Emprego da ADP indicou que o país criou 146 mil novos postos de trabalho no setor privado em novembro.

O resultado veio abaixo do esperado pelos economistas (150 mil) e representa uma desaceleração em comparação ao mês anterior (184 mil, dado revisado).

Já o setor de serviços norte-americano desacelerou no mês passado, após registrar fortes ganhos nos últimos meses, segundo dados do Instituto de Gestão de Fornecimento (ISM). Ainda assim, o indicador permaneceu acima dos níveis compatíveis com crescimento econômico sólido.

Por fim, as encomendas à indústria dos EUA subiram 0,2% em outubro, após uma queda revisada de 0,2% em setembro. Os dados são do Departamento de Comércio norte-americano.

*Com informações da agência de notícias Reuters

Fonte: ECONOMIA

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