Número considera total de uniões registradas nos cartórios. Divórcios concedidos de forma judicial em 1ª instância também cresceram. Casamentos tiveram aumento no Alto Tietê
Prefeitura de Uberaba/Divulgação
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou os resultados da pesquisa de Estatísticas do Registro Civil de 2021. O levantamento mostra que o Alto Tietê teve 9.127 casamentos em cartório ao longo daquele ano, o que aponta um aumento de 15,8% em relação a 2020.
Neste mesmo período, o número de divórcios judiciais, concedidos em 1ª instância, chegou a 3.704, uma alta de 22,5%. O balanço inclui dados de Arujá, Biritiba Mirim, Ferraz de Vasconcelos, Guararema, Itaquaquecetuba, Mogi das Cruzes, Poá, Salesópolis, Santa Isabel e Suzano.
Casamentos registrados nas cidades do Alto Tietê
Guararema foi a cidade com o maior aumento entre os casamentos. Na comparação com o ano anterior, foram 139,2% mais. A segunda maior alta foi observada em Salesópolis, com elevação de 41,9% em 2021. Em seguida estão Arujá (+29,7%), Ferraz de Vasconcelos (+23,4%) e Santa Isabel (+19%).
Os menores crescimentos foram observados em Mogi das Cruzes, com 11,2%, Itaquaquecetuba, que registrou 9,5% mais casamentos, e Poá, que teve uma elevação de 2,1%, segundo o IBGE. Em contrapartida, a única redução foi observada em Biritiba-Mirim, com queda de 3,3% (veja a tabela acima).
Guararema também foi o município com maior alta entre os divórcios, com 57,6%, seguida por Poá, com 40,6%. O ranking continua com Ferraz (+36%) e Mogi das Cruzes (+30,3%). Santa Isabel, Suzano e Itaquaquecetuba acumularam elevações de, respectivamente, 18,4%, 17,4% e 17%. Já Arujá e Salesópolis foram as únicas cidades com retração: na primeira, a queda foi de 18%, na hora foi de 3,2%.
Os dados de Biritiba Mirim não foram informados em nenhum dos anos analisados. Além disso, o IBGE afirma que "rotineiramente encontra dificuldades para obtenção dos dados". A instituição atribui a dificuldade a diversas razões, mas destaca as incertezas trazidas pela pandemia e as dificuldades na coleta de dados de divórcios ocorridas nas varas de família, foros e varas cíveis.
Casamentos durando menos
Dados nacionais do IBGE apontam ainda que houve uma redução no tempo médio entre a data do casamento e a data data da sentença ou escritura do divórcio nos últimos anos. Em 2010, esse tempo era de 15,9 anos. Já em 2021, o período médio foi de 13,6 anos.
Guarda dos filhos
Além disso, o número de separações é maior entre os casais com filhos menores de idade, com 48,5% dos divórcios – um crescimento de 5,5 pontos percentuais em relação a 2010. "Destaca-se, ainda, o aumento significativo do percentual de divórcios judiciais entre casais com filhos menores de idade em cuja sentença consta a guarda compartilhada dos filhos", aponta o instituto.
Em 2014, somente 7,5% dos casais divorciados optava pela guarda compartilhada. Esse número avançou para 34,5% em 2021. Klívia Brayner, gerente da pesquisa, explica que a alta está relacionada, sobretudo, à Lei n° 13.058, de 2014, que passou a priorizar essa modalidade de guarda mesmo quando não há acordo entre os pais.
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