Segundo a ONG "Coletivo Frente Afegã", até a manhã deste sábado (15) 62 afegãos estavam à espera de abrigo. No período da tarde, 19 conseguiram acolhimento, ficando 43 espelhados pelos saguões.
"Precisamos de um local provisório com estrutura, que foi prometido na reunião do dia 30 de junho entre os três poderes, municipal, estadual e federal", afirmou a voluntária da ONG Aline Sobral.
O g1 acompanha desde o ano passado a chegada dessas famílias afegãs, que começaram a entrar no país quando as tropas americanas encerraram os 20 anos de intervenção militar no Afeganistão e o grupo extremista Talibã voltou ao poder.
O governo brasileiro publicou em setembro de 2021 uma portaria estabelecendo a concessão de visto temporário, para fins de acolhida humanitária, a cidadãos afegãos. E sem abrigos, os afegãos passaram a ficar acampados pelos corredores do aeroporto desde 2022.
A política de acolhida humanitária permanece em vigor. Até 14 de junho de 2023, o governo brasileiro autorizou a concessão de 11.576 vistos de acolhida humanitária em favor de afegãos.
Do total de autorizados, 9.003 vistos foram efetivamente entregues aos requerentes, segundo informou o Ministério de Relações Exteriores ao g1.
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No ano passado, o Alto-comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur) atendeu 1.035 pessoas afegãs. A maioria era composta por homens entre 18 e 59 anos (490) e mulheres na mesma faixa etária (248). Dessas 738 pessoas, 50,4% possuem formação universitária e 6,5% são pós-graduadas.
Fonte: G1