Feirantes de Mogi reclamam das condições do espaço da feira noturna em Brás Cubas

Segundo os comerciantes, o espaço foi reformado há cerca de quatro meses e a parte elétrica, que é nova, não suporta a voltagem de todas as barracas. Em nota, a Prefeitura afirmou que a nova feira de Brás Cubas começou em abril e que, de lá para cá, a administração municipal tem estudado melhorias ao local. Feirantes de Mogi reclamam das condições do espeço da feira noturna em Brás Cubas

Os feirantes de Mogi das Cruzes se queixam das condições do espaço da Feira Noturna de Brás Cubas. Segundo os comerciantes, o espaço foi reformado há cerca de quatro meses e a parte elétrica, que é nova, não suporta a voltagem de todas as barracas.

O feirante e produtor rural Ivanildo Ferreira de Araújo tem uma barraca de comidas e bebidas na feira e precisa da eletricidade para conseguir trabalhar. "A fiação não chega até aqui, só chega a tomada, mas estamos proibidos de usar. Então não temos muito o que fazer".

Em nota, a Prefeitura afirmou que a nova feira de Brás Cubas começou em abril e que, de lá para cá, a administração municipal tem estudado melhorias ao local. Ressaltou, ainda, que está aberta ao diálogo com os feirantes.

Outra feirante que também sofre com esse problema é a Dalva Ribeiro dos Santos, ela conta que a máquina de chopp dela está na base do gelo, entretanto, usar o equipamento desta forma tem trazido prejuízos. "Tem muito desperdício de gelo, mais ou menos 2 a 3 sacos de gelo, e tem também o desperdício de cerca de 6 litros de chopp, que a gente acaba percebendo. Isso dá um prejuízo de, mais ou menos, R$ 150".

Para tentar solucionar o problema, uma fiação provisória foi feita para atender os comerciantes. Entretanto, o engenheiro eletricista Miguel Assis afirma que a instalação está completamente inadequada. Segundo o especialista, os cabos estão aparentes, então algum consumidor pode acabar tendo o contato com os fios energizados, resultando em um acidente.

"O ideal seria refazer a instalação, fixa na estrutura, com os condutores dentro dos eletrodutos com uma instalação de tomada adequada para cada feirante, adequada a demanda de cada um. Para saber isso [a demanda de cada profissional], é preciso fazer um levantamento com cada feirante, quais os equipamentos que ele precisa utilizar para atender melhor a população. Quando cada um disser qual a carga necessária, será preciso somar com a carga com a administração, da iluminação, e chegar a carga total para checar se a central de energia atende", explica.

De acordo com o edital de tomada de gastos para o início da obra da feira de Brás Cubas, a estimativa de custo do serviço foi de R$ 3 milhões, incluindo a parte elétrica. Já um outro problema enfrentado pelos comerciantes é a falta de vaga no estacionamento da feira.

"Nossos carros estão na rua. Se alguém roubar o carro de algum feirante, o feirante vai para casa como? Com a barraca nas costas? Não tem nem como! Nós precisamos desse apoio", reclama Ivanildo Ferreira de Araújo.

Os feirantes aguardam uma conversa com representantes para que possam, juntos, chegar a um acordo. "Vamos tentar resolver isso. Vamos passar para a Prefeitura as questões que temos aqui e ver o que eles podem fazer para nos ajudar", afirma Dalva Ribeiro dos Santos.

A Prefeitura de Mogi das Cruzes informou, em nota, que os feirantes que necessitam utilizar equipamentos elétricos são atendidos, com exceção dos que solicitaram ponto de energia para uso de fritadeira elétrica e chopeira, que não constava no edital de chamamento.

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