Por causa da Copa do Mundo, bares e restaurantes do Alto Tietê buscam ampliar quadro de funcionários

Segundo pesquisa realizada pela Abrasel, 50% dos empresários de São Paulo pretendem aumentar o quadro de funcionários. Mundial de futebol aumenta as expectativas dos empresários da região para este período de fim de ano. Copa do Mundo movimenta setor de bares e restaurantes do Alto Tietê

A Copa do Mundo começou e o setor de bares está bem otimista com o mundial. Uma pesquisa mostrou que muitos proprietários devem contratar colaboradores para este período.

Além das tradicionais confraternizações e festas de fim de ano, agora em 2022 a Copa do Mundo também deve dar aquela alavancada nos negócios. O salão, aos poucos, vai ganhando as cores do Brasil.

Os acessórios são para dar aquela animada quando a nossa seleção estiver em campo. Eles ainda vão instalar telões, vários televisores. E tem mais: foi criado um cardápio diferenciado para receber os torcedores.

José Carlos Martins já está gravando vídeos para abastecer as páginas do restaurante nas redes sociais.

“A gente criou uns pratos típicos por causa da Copa. Então, a gente vai ter o jogo dia 24, dia 28, dia 2, e vai ter uns pratos típicos de Dakar, pratos sírios, quibe. Meu filho preparou uma espécie de um quibe e isso aí vocês vão gostar (risos). Ele de carne moída, com massa de mandioca, porque no Pará não existe a massa de quibe. Então eles criaram e ele é empanado com tapioca. Já pensou? Um quibe, a carne moída, mandioca, empanado com tapioca? Uma maravilha”, disse o empresário.

Todo esse planejamento vai ao encontro da expectativa do setor. Segundo uma pesquisa realizada pela Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), 50% dos empresários de São Paulo pretendem aumentar o quadro de funcionários; 46% têm a expectativa de manter a equipe; e apenas 2% afirmaram que irão demitir.

Natal, reveillon e Copa do Mundo geram boas expectativas de movimento em bares e restaurantes do Alto Tietê

TV Diário/Reprodução

Ainda segundo o levantamento, 61% querem reforçar o time pensando na Copa do Mundo, Natal e Reveillon. Só que 99% dos que abriram o processo de contratação estão com dificuldade de encontrar profissionais.

“A dificuldade da contratação é a especialização. A pessoa pode ter boa vontade, mas o que que eu faço, o que nós fazemos aqui? Nós treinamos a pessoa. É fácil de perceber se tem boa vontade, você é simpática, você é alegre. Boas lembranças que eu quero passar pra você. Então, a gente senta no treinamento, em reuniões, pega os mais experientes, passa assim, olha: "o trabalho é assim, assim, e assim". E eu tô tendo muito resultado”.

Outro bar, também em Mogi das Cruzes, vive essa realidade. A ideia é dobrar o quadro de funcionários para atender a demanda nessa reta final de fim de ano. Só que está difícil preencher as vagas.

“Muitas pessoas não têm muitas experiências e quando aqueles que têm experiência acabam deixando de se adaptar a casa por alguns detalhes. Ou é financeiramente, ou alguns detalhes bobos, né? E acabam, assim, o pessoal acaba perdendo essa vaga. Querendo ou não, caso a gente tenha um tempo assim, que a casa fecha muito tarde, referente ao quê? Umas 2h, umas 3h, então muitas pessoas acabam deixando de vir por conta desse horário, por conta da condução mesmo”, disse a chefe de bar Tabata de Souza Santos.

O movimento costuma aumentar 80% nesse período, ainda segundo Tábata. Eles trabalham com reservas para aniversários, confraternizações e durante a Copa vão transmitir os jogos nos televisores e no telão.

As bebidas geladas e as comidinhas de boteco fazem sucesso por aqui. O verão também é um baita aliado.

“Verão, primavera. O pessoal, quem gosta de tomar uma, não tem essa de tempo, né? O pessoal que gosta de tomar chega e toma mesmo, às vezes acaba. O pessoal fala: "ah, vou ficar e tomar só uma". Quando vai ver, o pessoal tá saindo lá pra tardão, né? (risos). Tomou uma, tomou duas, esquentou, o pessoal não quer mais ir-se embora não. E a casa agradece”.

Cristiane Andrade é atendente e quer aproveitar esse período para conseguir um emprego temporário. Está otimista.

“Eu tenho mais ou menos de 10 a 15 anos que eu trabalho nessa área e estou há dois meses fora, que eu saí de onde eu estava. Mas eu pretendo voltar como freelancer, pra gente poder tá atualizando, porque eu quero atualizar em outra área, mas essa área ainda é a que eu atuo. Pra quem quer trabalhar temos vagas sim, é só sair atrás que consegue sim, consegue sim”, contou a atendente.

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