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DNA, enxerto e hormônios em mudas: conheça técnica usada para reflorestar Brumadinho após tragédia

Método desenvolvido pela Universidade Federal de Viçosa (UFV) também é usado em outros locais onde a recuperação florestal é urgente, caso da hidrelétrica de Belo Monte, no Pará.

Por REDAÇÃO: NOVA TV ALTO TIETÊ em 01/10/2023 às 09:27:37

Foto: Reprodução internet

Método desenvolvido pela Universidade Federal de Viçosa (UFV) também é usado em outros locais onde a recuperação florestal é urgente, caso da hidrelétrica de Belo Monte, no Pará. Conheça técnica usada para reflorestar Brumadinho após tragédia

O rompimento da barragem de Brumadinho, em Minas Gerais, em 25 de janeiro de 2019, deixou marcas que não serão esquecidas: causou mais de 270 mortos e destruição no meio ambiente, atingindo quase 300 hectares.

Metade desta área era ocupada, principalmente, por agricultura e pecuária, já a outra metade era por floresta nativa.

A destruição foi total e requer a retirada de quase 10 milhões de metros cúbicos do resíduo que vazou da barragem.

A Universidade Federal de Viçosa (UFV) está usando um método chamado resgate de DNA e indução de reflorestamento precoce em espécies florestais nativas. A ideia é preservar a genética das plantas sobreviventes da tragédia com o uso de hormônios e, assim, acelerar a recuperação da área.

Resgate de DNA

O trabalho de recuperação começa depois que os bombeiros fazem a vistoria do chamado rejeito, material descartado da mineração e que estava armazenado na barragem que se rompeu.

A expectativa dos pesquisadores é de que até 2030 essas áreas estejam limpas e em processo de recuperação ambiental.

A técnica de resgate de DNA está sendo usada também em outros locais onde a recuperação florestal é urgente, caso da hidrelétrica de Belo Monte, no Pará.

As primeiras coletas de DNA começaram em junho de 2020, quando a Vale fechou uma parceria com a UFV. Atualmente, mais de 30 espécies estão mapeadas, como o Jacarandá, Ipê e Jequitibá.

Multiplicação de mudas

A técnica de multiplicação usada pelos pesquisadores é a enxertia, que une duas plantas para fazer uma só.

Uma fica na parte debaixo, chamada de "cavalo" ou "porta-enxerto". Ela é a responsável pelo desenvolvimento das raízes. A da parte de cima é chamada de "cavaleiro" ou "enxerto", que dará origem à parte aérea da nova planta e é o que é coletado em Brumadinho.

Aplicação de hormônios

Leva cerca de quatro meses para o enxerto colar e a copa atingir 80 centímetros de diâmetro. É nesse momento que entra a aplicação de hormônios, que antecipam o florescimento das mudas. Quando elas já estão em floração, elas vão para Brumadinho.

O projeto vai até outubro de 2024, com o objetivo de plantar 6 mil mudas produzidas a partir do processo de resgate de DNA. Dos 300 hectares impactados pela tragédia, apenas 3 foram liberados pelos bombeiros até agora.

Confira a reportagem completa nos dois VÍDEOS ACIMA.

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Fonte: ECONOMIA

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