ECONOMIA
Celso Sabino, titular da pasta do Turismo, participou de audiência pública na Câmara, nesta terça-feira (3). Ministro pediu atenção do Congresso para medidas que possam mudar cenário. Celso Sabino, ministro do TurismoVinicius Loures/Câmara dos DeputadosO ministro do Turismo, Celso Sabino, apontou como fatores que causam os preços altos de passagens aéreas no Brasil os valores dos combustíveis, os tributos, as ações judiciais e a baixa competitividade. As declarações foram durante participação em audiência pública na Comissão de Fiscalização Financeira da Câmara, nesta terça-feira (3).Segundo dados da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), o preço médio das passagens aéreas em viagens nacionais entre janeiro e março deste ano foi o maior para o primeiro trimestre em mais de uma década.No ano passado, o preço médio da passagem de avião registrou o maior valor na série histórica da agência, iniciada em 2011. A tarifa média no ano passado foi de R$ 644,5. O valor é R$ 113 mais caro que o de 2021, e R$ 126 maior que o de 2019, antes da pandemia. Segundo o ministro Celso Sabino, é "muito importante" que o Congresso entenda a importância do setor aéreo e demande esforços para mudar a realidade atual.? Clique aqui para seguir o novo canal do g1 no WhatsAppA audiência pública desta terça foi convocada pelo deputado Josenildo Abrantes (PTD - AP), para tratar sobre o aumento do valor das passagens aéreas e diminuição de voos, principalmente para as regiões Norte e Nordeste. Sabino destacou que o governo tem negociado uma aproximação com companhias locais de outros países, para aumentar a conectividade no setor, com a abertura de novas rotas internacionais, para regiões como a América do Sul, América do Norte e África."Uma de nossas metas é a questão da conectividade. Precisamos melhorar a nossa infraestrutura, o nosso saneamento básico' [...].", afirmou.O ministro disse que a baixa competitividade dificulta o desenvolvimento do setor, já que são poucas empresas aéreas operando no Brasil. Sabino defendeu medidas para atrair novas companhias ao país. "Quando tivermos mais empresas, quem regulará o mercado será o próprio mercado, e não o CDC [Código de Defesa do Consumidor] e nem o Congresso", disse.