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Dólar opera em baixa, com melhora na perspectiva sobre juros nos EUA, mas com temores pela guerra renovados

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Por REDAÇÃO: NOVA TV ALTO TIETÊ em 10/10/2023 às 10:00:29

No dia anterior, o principal índice acionário da bolsa de valores brasileira subiu 0,86%, aos 115.156 pontos. Já a moeda norte-americana recuou 0,61%, a R$ 5,1300. Dólar

REUTERS/Lee Jae-Won

O dólar opera em baixa nesta terça-feira (10), em um dia marcado por um pouco mais de otimismo em relação ao futuro das taxas de juros nos Estados Unidos, mas com a aversão aos riscos ainda pesando sobre os mercados por conta da guerra entre Israel e o Hamas.

Ontem, o vice-presidente do conselho do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), Philip Jefferson, afirmou que qualquer novo aumento nos juros do país, hoje entre 5,25% e 5,50% ao ano, só será realizado com muita cautela, para evitar danos expressivos à maior economia do mundo.

Perspectivas de juros mais controlados agradam os investidores, o que beneficia moedas de outros países, como o real, e mercados de ações. Em contrapartida, o conflito intenso no Oriente Médio, que já entrou no quarto dia, segue gerando preocupações, principalmente em relação ao preço do petróleo.

Veja abaixo o dia nos mercados.

Dólar

Às 09h45, a moeda norte-americana caía 0,40%, cotada a R$ 5,1093. Veja mais cotações.

Na véspera, o dólar fechou em baixa de 0,61%, vendido a R$ 5,1300. Com o resultado, a moeda passou a acumular:

quedas de 0,61% na semana e de 2,80% no ano;

alta de 2,06% no mês.

Ibovespa

O Ibovespa só começa a operar às 10h.

Na segunda-feira (9), o índice fechou em alta de 0,86%, aos 115.156 pontos. O avanço foi puxado, sobretudo, pelas ações de petroleiras, que dispararam com a forte valorização do petróleo, por conta da guerra. Com o resultado, passou a acumular:

queda de 1,21% no mês;

altas de 0,86% na semana e de 4,94% no ano.

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O que está mexendo com os mercados?

Em meio a um cenário de forte aversão aos riscos, o posicionamento mais "suave" do Fed, com o discurso do vice-presidente, ajudou a acalmar os ânimos do mercado.

Ontem, ao longo do dia, outros dirigentes também discursaram mantendo essa mesma posição e indicando que o recente aumento dos rendimentos dos Treasuries (os títulos públicos americanos) de longo prazo - que, na última semana, atingiram o seu pico desde 2007 - poderia limitar possíveis novas altas nas taxas da instituição.

Segundo levantamento da ferramenta FedWatch da CME divulgado pela Reuters, operadores do mercado financeiro, em sua grande maioria, não acreditam em novas altas dos juros nas próximas reuniões do Fed. A estimativa de 87% deles é de que as taxas permaneçam inalteradas em novembro, enquanto 71% esperam o mesmo para dezembro.

Amanhã, o Fed divulga ata de sua última reunião, que deve trazer novas sinalizações sobre o futuro dos juros na maior economia do mundo.

Apesar do maior otimismo neste pregão, continua pesando sobre os negócios a escalada dos conflitos entre Israel e Hamas, que já deixou 900 israelenses, 770 palestinos e 1,5 mil integrantes do Hamas mortos, segundo informações do governo israelense.

A principal preocupação econômica com o confronto é em relação ao petróleo, tendo em vista que a região do Oriente Médio é uma importante produtora e exportadora da commodity.

Segundo o Fundo Monetário Internacional (FMI), ainda é cedo para dizer se a guerra trará impactos para a economia, mas há cautela com o preço do petróleo - que, se subir muito, pode trazer impactos sobre a inflação e afetar o crescimento econômico, em nível global

No radar do mercado também está uma série de divulgações importantes que tomam conta da agenda econômica nos próximos dias.

Nesta quarta-feira (11), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulga o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que é a inflação oficial do país, de setembro. Ainda na quarta, os EUA terão dados sobre a inflação ao produtor em setembro, enquanto na quinta haverá a inflação ao consumidor, assim como na China.

Fonte: ECONOMIA

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