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Aposentada de Mogi das Cruzes relata dificuldade em conseguir remédios pelo Farmácia Popular

Por Nova TV Alto Tiete em 07/12/2022 às 17:47:19

Vera Lúcia diz que poderia conseguir pelo programa cinco dos oito medicamentos de que precisa, mas as dificuldades de atendimento aumentaram nos últimos meses. Instituto Brasileiro de Saúde e Assistência Farmacêutica (Ibsfarma) aponta que o orçamento de 2023 para o Farmácia Popular está defasado em quase R$ 1,8 bilhão. Aposentada relata dificuldades para receber medicamentos por meio do programa Farmácia Popular

Vera Lúcia da Silva Ferreira/Divulgação

A aposentada Vera Lúcia da Silva Ferreira, de Mogi das Cruzes, na região metropolitana de São Paulo, luta para conseguir medicamentos que precisa tomar mensalmente por meio do programa Farmácia Popular.

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A aposentada afirma que cinco dos oito remédios de que precisa podem ser obtidos pelo programa, mas, segundo ela, a dificuldade em obter os itens vem desde o início da pandemia de Covid-19 e se intensificou nos últimos meses.

Em setembro, o Farmácia Popular, que distribui remédios para a população carente, sofreu ameaça de corte de verbas, de R$ 2,04 bilhões em 2022 para R$ 804 milhões em 2023, porém, a repercussão negativa fez Bolsonaro pedir para a decisão ser revertida. No entanto, com o último bloqueio, a aquisição deve ser um dos primeiros serviços a serem afetados.

"Sempre eles me dão uma desculpa [nas farmácias]. É o CRM da médica que não passa. Eu tomo 8 tipos de medicamentos, desses, cinco eu pegaria. Mas nunca tem, tá sempre em falta”, diz a aposentada.

Vera explica que está com a última receita há seis meses e, nesse tempo, conseguiu a medicação uma única vez. Ela afirma que no dia 22 de outubro retirou três medicamentos pelo programa em uma unidade de uma rede de farmácias. “Mas esses seis meses aí foram complicados.”

Farmácia Popular deve ser afetada por bloqueio de verba do governo federal

Reprodução/RBS TV

Defasagem

A dificuldade de quem precisa do programa deve aumentar em 2023. Segundo o Instituto Brasileiro de Saúde e Assistência Farmacêutica (Ibsfarma), também chamado de "Cuida Brasil", o orçamento do próximo ano está defasado em quase R$ 1,8 bilhão.

Para 2023, a proposta orçamentária previu R$ 1,018 bilhão para o Farmácia Popular, considerando os recursos destinados para o sistema de gratuidade e também para a modalidade de copagamento, em que o governo subsidia parte do preço do remédio e o paciente paga outra parte.

É o menor valor previsto para o programa na série histórica do Ibsfarma, que começa em 2013. Os dados são em valores correntes (sem atualização pela inflação).

Farmácia Popular

O Farmácia Popular do Brasil é um programa do governo federal, em uma parceria com farmácias e drogarias privadas, que disponibiliza remédios gratuitos, para tratamento de diabetes, asma e hipertensão e, de forma subsidiada, fraldas geriátricas e medicamentos para dislipidemia, rinite, doença de Parkinson, osteoporose, glaucoma e de anticoncepção.

No caso de remédios subsidiados, o Ministério da Saúde paga parte do valor dos medicamentos (até 90% do valor de referência tabelado) e o cidadão paga o restante, de acordo com o valor praticado pela farmácia.

Para conseguir retirar a medicação é preciso apresentar um documento com foto e número do CPF e também receita médica dentro do prazo de validade, tanto do SUS quanto de serviços particulares.

Para a obtenção de fraldas geriátricas para incontinência, o paciente deverá ter idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos ou ser pessoa com deficiência, e deverá apresentar prescrição, laudo ou atestado médico que indique a necessidade do uso de fralda geriátrica, no qual conste, na hipótese de paciente com deficiência, a respectiva Classificação Internacional de Doenças (CID).

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Fonte: G1

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