O candidato de direita Javier Milei, 53 anos, da coalizão La Libertad Avanza, venceu o 2º turno das eleições presidenciais da Argentina neste domingo (19.nov.2023). O libertário derrotou o representante peronista Sergio Massa (Unión por la Patria). Com 95,84% das urnas apuradas, Milei aparece com 55,78% dos votos válidos, contra 44,21% do atual ministro da economia argentino....
A posse do argentino será em 10 de dezembro, sucedendo o atual presidente Alberto Fernández. Sergio Massa reconheceu a derrota nas eleições presidenciais e ligou para dar os parabéns para Javier Milei. O discurso de Massa foi feito antes da divulgação dos resultados oficiais do 2º turno.
Ao contrário do que ocorre no Brasil, o resultado definitivo não é divulgado no dia da eleição. Lá, os votos passam por duas contagens: uma provisória e outra definitiva. Conhecemos neste domingo uma "primeira tendência", que deve se confirmar ao final.
Já a contagem definitiva começa apenas 48 horas após a votação, e é ela que define legalmente o novo presidente.
Antes mesmo de a Câmara Nacional Eleitoral divulgar a primeira parcial da apuração, Sergio Massa reconheceu a derrota para Milei.
"Os resultados não são os que esperávamos. Me comuniquei com Javier Milei para felicitá-lo", afirmou Massa direto de seu bunker em Buenos Aires pouco após as 20h.
"Foi uma campanha difícil, que em algum momento teve conotações duras que espero que a Argentina elimine para sempre", afirmou o peronista. Ele ainda disse desejar que "a convivência democrática e o respeito por quem pensa diferente se instalem para sempre na Argentina".
Javier Milei chegou ao segundo turno defendendo "dinamitar" o Banco Central, cortar gastos públicos, reduzir ao mínimo o papel do Estado e acabar com a "casta política".
Além disso, nega haver diferença salarial entre homens e mulheres e rejeita o consenso de 30 mil desaparecidos durante a brutal ditadura de 1976 a 1983.
Essa tática de confronto, contudo, não sobreviveu além do primeiro turno, em 22 de outubro, no qual conquistou 30% dos votos. Massa, por sua vez, teve quase 37% e foi o mais votado.