No dia anterior, a moeda norte-americana avançou 0,14%, cotada a R$ 4,9089. Já o principal índice acionário da bolsa de valores brasileira encerrou com ganhos de 0,31%, aos 126.010 pontos. Cédulas de dólar
John Guccione/Pexels
O dólar abriu em baixa nesta sexta-feira (8), enquanto investidores aguardam a divulgação do relatório payroll nos Estados Unidos, que traz dados de geração de empregos e renda dos trabalhadores na maior economia do mundo.
Os números são observados com atenção porque podem trazer sinalizações de quais serão os próximos passos do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) em relação aos juros no país.
Veja abaixo o dia nos mercados.
Entenda o que faz o dólar subir ou descer
Dólar
Às 09h15, o dólar caía 0,08%, cotado a R$ 4,9052. Veja mais cotações.
No dia anterior, a moeda norte-americana fechou em alta de 0,14%, vendida a R$ 4,9089. Com o resultado, passou a acumular:
alta de 0,58% na semana;
queda de 0,13% no mês;
recuo de 6,99% no ano.
Ibovespa
O Ibovespa só começa a operar às 10h.
Na véspera, o índice fechou em alta de 0,31%, aos 126.010 pontos. Com o resultado, passou a acumular:
queda de 1,70% na semana;
retração de 1,04% no mês;
ganhos de 14,83% no ano.
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O que está mexendo com os mercados?
Nesta sexta-feira, os investidores continuam monitorando os sinais dados pelo mercado de trabalho norte-americano, enquanto aguarda o payroll.
Na quarta-feira, o relatório ADP de geração de empregos mostrou que a maior economia do mundo criou 103 mil novas vagas no setor privado, contra uma expectativa de 130 mil.
Já na terça, o relatório Jolts registrou 8,7 milhões de vagas em aberto nos EUA, bem abaixo das expectativas do mercado, de 9,3 milhões.
Esses números aumentam a percepção de que o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) deve iniciar um ciclo de corte nas taxas de juros básicos do país em breve. Atualmente a taxa básica dos Estados Unidos está entre 5,25% e 5,50% ao ano.
Isso acontece porque, em um período de inflação alta, quanto mais aquecido anda o mercado de trabalho (o que coloca mais dinheiro na mão dos trabalhadores), mais pressionados tendem a ficar os preços — o que vinha levando o Fed a promover o ciclo de alta nos juros.
Em contrapartida, com números menores de emprego indicando uma desaceleração da atividade da maior economia do mundo, a visão de analistas e investidores é que o Fed possa iniciar cortes nos juros já no primeiro semestre de 2024. Taxas mais baixas por lá beneficiam os ativos de risco e impulsionam o desempenho da moeda brasileira sobre o dólar.
Na próxima semana, o Fed se reúne para falar sobre política monetária e deve definir se mantém ou modifica suas taxas. No Brasil, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) também defini os rumos da Selic, taxa básica de juros.