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ECONOMIA BRASIL

Banco Central indica novos cortes de juros e reforça recado da importância de buscar as metas para as contas públicas

O Banco Central indicou nesta terça-feira (19) que vai prosseguir no processo de corte dos juros no ano de 2024 e também reforçou o recado de que é importante que o governo federal siga buscando as metas indicadas para as contas públicas, neste caso, de zerar o déficit no ano que vem.


Foto: Reprodução internet
O Banco Central indicou nesta terça-feira (19) que vai prosseguir no processo de corte dos juros no ano de 2024 e também reforçou o recado de que é importante que o governo federal siga buscando as metas indicadas para as contas públicas, neste caso, de zerar o déficit no ano que vem.

"Com relação ao cenário fiscal, tendo em conta a importância da execução das metas fiscais já estabelecidas para a ancoragem das expectativas de inflação e, consequentemente, para a condução da política monetária, o Comitê reafirma a importância da firme persecução dessas metas", avaliou o BC.

As informações consta na ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, realizada na semana passada, quando a taxa básica de juros da economia foi reduzida de 12,25% para 11,75% ao ano - o menor nível em quase dois anos. Foi o quarto corte seguido dos juros.

A lógica é que, sem o atingimento da meta fiscal, o governo contribui para elevar o montante de recursos disponíveis na economia e, consequentemente, há mais dificuldade em atingir as metas de inflação fixadas para 2024 e para 2025. Para atingir essas metas, o BC define o patamar da taxa de juros.

A instituição reiterou a visão de que um eventual "esmorecimento" no esforço de reformas estruturais e disciplina fiscal, assim como o aumento do crédito direcionado (BNDES, rural e habitacional, com juros menores) e as incertezas sobre a estabilização da dívida pública têm o potencial de elevar a taxa de juros neutra da economia (que controla a inflação e permite crescimento do PIB), com "impactos deletérios sobre a potência da política monetária [de definição da taxa de juros] e, consequentemente, sobre o custo de desinflação em termos de atividade".

As avaliações são divulgadas em um momento de dúvidas no mercado financeiro sobre o atingimento da meta de déficit fiscal zero em 2024, que depende do ingresso de um forte volume de arrecadação extraordinária. Pesquisa realizada na semana passada pelo Ministério da Fazenda revela que o mercado projeta um resultado negativo de R$ 90 bilhões nas contas do governo no próximo ano.

Inflação

O BC também informou que a inflação ao consumidor segue a trajetória esperada de "desinflação" (queda). Apesar disso, acrescentou que as expectativas de inflação do mercado, e do próprio BC, seguem "desancoradas" em relação às metas fixadas, o que é um "fator de preocupação".

"O Comitê avalia que a redução das expectativas requer uma atuação firme da autoridade monetária, bem como o contínuo fortalecimento da credibilidade e da reputação tanto das instituições como dos arcabouços fiscal e monetário que compõem a política econômica brasileira", acrescentou o BC.

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