Na véspera, o principal índice da bolsa de valores subiu 0,49%, aos 134.194 pontos, novo recorde histórico. Já a moeda norte-americana teve um avanço de 0,22%, cotada a R$ 4,8328. Painel mostra variação de mercado na B3, em São Paulo.
Amanda Perobelli/Reuters
O Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores brasileira, a B3, opera em leve queda nesta quinta-feira (28), em dia de ajuste e com prévia da inflação acima da expectativa. Na véspera, o índice havia engatado o quarto pregão consecutivo de alta, renovando — mais uma vez — seu recorde histórico aos 134 mil pontos.
Nesta semana — a última do ano e com menor volume de negócios —, o mercado ainda aguarda algumas divulgações importantes, com destaque ainda para dados de emprego no Brasil.
O dólar opera em leve alta, na casa dos R$ 4,83.
Veja abaixo o dia nos mercados.
Dólar
Às 11h35, o dólar operava em alta de 0,09%, cotado a R$ 4,8372. Veja mais cotações.
Na véspera, a moeda norte-americana avançou 0,22%, cotada a R$ 4,8328. Com o resultado, passou a acumular quedas de:
0,57% na semana;
1,68% no mês;
8,44% no ano.
Ibovespa
No mesmo horário, o Ibovespa operava em queda de 0,22%, aos 133.905 pontos.
Na véspera, o índice fechou com alta de 0,49%, aos 134.194 pontos, maior patamar de fechamento da história. Com o resultado, passou a acumular ganhos de:
4,87% no mês;
21,69% no ano.
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Nesta quinta-feira, há dois destaques da agenda interna, com o novo pacote de medidas para equilíbrio das contas públicas, anunciado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e a divulgação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) — considerado a prévia da inflação oficial do país.
Haddad elencou uma série de novas medidas que serão enviadas pelo governo ao Congresso Nacional para melhorar a situação das contas públicas federais nos próximos anos.
"Nosso esforço continua no sentido de equilibrar as contas por meio da redução do gasto tributário no nosso país. O gasto tributário no Brasil foi o que mais cresceu, subiu de cerca de 2% do PIB para 6% do PIB", afirmou Haddad.
Segundo Haddad, a lista é composta por três medidas:
a limitação das compensações tributárias feitas pelas empresas – ou seja, de impostos que não serão recolhidos nos próximos anos para "compensar" impostos pagos indevidamente em anos anteriores e já reconhecidos pela Justiça;
mudanças no Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse), criado na pandemia para beneficiar o setor cultural e prorrogado pelo Congresso, em maio, até 2026. Segundo Haddad, parte dos abatimentos tributários incluídos nesse programa será revogada gradualmente nesse período.
reoneração gradual da folha de pagamentos – contrariando a prorrogação da desoneração promulgada pelo Congresso – e, como contrapartida, desoneração parcial do "primeiro salário mínimo" recebido por cada trabalhador com carteira assinada.
Os textos das medidas anunciadas ainda não foram divulgados, e só devem começar a tramitar de fato quando o Congresso voltar do recesso, a partir de fevereiro. Veja a reportagem completa do g1 sobre o assunto.
Já o IPCA-15 subiu 0,40% em dezembro, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O índice teve uma aceleração de 0,07 ponto percentual (p.p.) em relação a novembro, quando teve alta de 0,33%.
Com os resultados, o índice acumulou 4,72% na janela de 12 meses. O principal impacto veio de Transportes, com ganho de 0,77% no mês. Nesse grupo, o subitem passagens aéreas subiu 9,02% e teve o maior impacto individual no índice do mês (0,09 p.p.).