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ECONOMIA BRASIL

BC da Argentina reduz taxa básica de juros de 100% para 80% ao ano

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Medida foi anunciada nesta segunda-feira (11). Ao justificar a decisão, autoridade monetária afirmou que 'a situação econômica [do país] apresenta sinais visíveis de redução da incerteza macroeconômica'. Banco Central da Argentina

Ronaldo Schemidt / AFP

O Banco Central da Argentina anunciou nesta segunda-feira (11) a redução da taxa básica de juros do país de 100% para 80% ao ano.

Ao justificar a decisão, a autoridade monetária afirmou que, "desde 10 de dezembro de 2023, a situação econômica apresenta sinais visíveis de redução da incerteza macroeconômica". Informou ainda que o país está em uma "trajetória de queda da inflação no varejo". (veja os detalhes mais abaixo)

Em fevereiro, a inflação na Argentina alcançou um índice de 254,2% em 12 meses, segundo o instituto oficial de estatísticas, o Indec. Trata-se de uma das variações interanuais mais altas do mundo. Em janeiro, no entanto, o indicador desacelerou para 20,6% — abaixo dos 25,5% de dezembro.

Em comunicado, o BC argentino — que não tem autonomia em relação ao Executivo — destacou duas frentes para a decisão:

a normalização do sistema de pagamento doméstico;

e a normalização do sistema de pagamento externo.

Normalização do sistema de pagamento doméstico

De acordo com a autoridade monetária, há uma trajetória de queda da inflação no varejo, "apesar do forte peso estatístico que a inflação carrega nas suas média mensais". O BC destacou também haver "perspectivas favoráveis para a inflação subjacente" (ou seja, para o futuro da inflação).

"A trajetória da inflação no varejo, por um lado, representa uma visível diminuição do repasse cambial em relação às experiências anteriores e, por outro lado, uma trajetória inferior às projeções implícitas no memorando de políticas econômicas e financeiras acordado com o Fundo Monetário Internacional (FMI)", diz o comunicado.

Ainda segundo o Banco Central argentino, há uma "moderação, em termos reais, da questão monetária", com uma "consequente melhoria do balanço do BC".

Normalização do sistema de pagamento externo

A autoridade monetária argumentou também que o país tem conseguido uma "acumulação sustentada de reservas internacionais".

"A partir de 10 de dezembro de 2023, o BC conseguiu comprar de forma constante 9,6 bilhões de dólares no MLC, revertendo a tendência anterior em 2023, em que as reservas internacionais líquidas caíram 23,4 bilhões de dólares", diz o comunicado.

Segundo o BC argentino, outro fator é a "estabilidade da diferença entre o preço oficial do dólar e as cotações paralelas, além da correção para baixo do preço dos contratos futuros de dólar na taxa de câmbio oficial".

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