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Governo tenta aplacar crise com nome da Fazenda no Conselho de Administração da Petrobras

O ministro Fernando Haddad convidou Rafael Dubeux, secretário executivo adjunto da Fazenda, para integrar o Conselho de Administração da Petrobras, vaga cedida pelo Ministério das Minas e Energia.

Por REDAÇÃO: NOVA TV ALTO TIETÊ em 12/03/2024 às 09:24:27

Foto: Reprodução internet

O ministro Fernando Haddad convidou Rafael Dubeux, secretário executivo adjunto da Fazenda, para integrar o Conselho de Administração da Petrobras, vaga cedida pelo Ministério das Minas e Energia.

O convite foi feito na noite desta segunda-feira (11), segundo relato de interlocutores do governo ao blog.

Dubeux é servidor de carreira da Advocacia-Geral da União e é especializado em inovação e energia de baixo carbono.

A mudança vem em um momento em que o governo tenta aplacar a disputa aberta entre o ministro das Minas e Energia, Alexandre Silveira, e o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates.

O embate entre os dois se desenrola desde a transição, mas escalou e é visto no Planalto como a origem da crise sobre os dividendos extraordinários não pagos.

A decisão derrubou o valor da empresa desde sexta-feira e motivou uma reunião ampliada com o presidente Lula, ministros e conselheiros da petroleira nesta segunda-feira.

A Fazenda irá ocupar uma vaga hoje indicada pelo Ministério de Minas e Energia. O governo, como acionista majoritário, indica 6 dos 11 conselheiros.

Lula tem a posição de que a Petrobras não pode abrir mão de investimentos para remunerar investidores com dividendos extras.

É a posição adotada pela empresa é defendida por Silveira e pelo ministro da Casa Civil, Rui Costa. Do outro lado, Prates construiu um meio termo em que 50% dos dividendos extras seriam pagos, como forma de premiar investidores que apostaram na empresa.

Esta posição agrada o ministro da Fazenda, até porque o Tesouro recebe 37% dos dividendos - já que a União é controladora da Petrobras.

Assessores próximos afirmam que o tema foi mal conduzido dentro do governo por conta dos desentendimentos entre Prates e Silveira, o que gerou novo desgaste para a imagem do governo e dúvidas sobre a gestão de empresas nas quais o governo tem participação.

Fonte: ECONOMIA

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