De acordo com o DER, estrada deve ficar em obras por seis meses, com possibilidade de liberação parcial em 60 dias. Quem depende deste tráfego para vender está preocupado. Prazo previsto para liberação da Mogi-Bertioga revolta comerciantes
Comerciantes que trabalham às margens da Rodovia Mogi-Bertioga estão revoltados com o prazo previsto para liberação da pista. Bloqueada desde domingo (19) após estragos provocados pela chuva, ela é um dos principais caminhos para quem vai do Alto Tietê ao litoral.
As obras de recuperação da via começaram nesta terça-feira (21), mas de acordo com o Governo Federal, a interdição total só deve acabar em dois meses. Uma situação preocupante para quem tem lojas na beira da estrada e depende deste tráfego para vender.
O Fernando tem uma borracharia na beira da estrada. Com a via totalmente interditada nesses meses ele já sabe que o movimento vai cair cerca de 70%. O comerciante diz que só não sabe ainda como vai conseguir pagar as contas.
“O custo continua o mesmo, tem que pagar o imposto todo mês, tem que pagar a conta de luz, tem que pagar o aluguel e tem que sobrar o nosso pão. Está difícil. Pedir a Deus que o movimento local, o pessoal que mora na redondeza, possa vir e a gente possa trabalhar com eles”
Para ele, o prazo dado pelo Departamento de Estradas de Rodagem (DER) é uma falta de respeito, principalmente, com os comerciantes. “O que aconteceu ali não tem necessidade de ficar tanto tempo fechado. Se existe um pouco de boa vontade das autoridades, esse problema seria resolvido no máximo com duas semanas”.
Estragos na Rodovia Mogi-Bertioga após rompimento de tubulação
José Antônio de Assis/TV Diário
Ele não foi o único prejudicado. Em plena volta do feriado de carnaval, quando a Mogi-Bertioga costuma ficar carregada de veículos, o cenário foi atípico. Pista vazia, que obrigou muitos comerciantes a manterem as portas fechadas (assista acima).
A rodovia precisou ser interditada depois de registrar pontos de erosão no km 82. Uma tubulação rompeu e o asfalto acabou cedendo. As obras devem durar seis meses, mas a partir do segundo mês a desobstrução parcial deve ser possível, segundo a Scretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística do Estado falou sobre os trabalhos realizados.
Questionado sobre as reclamações do Fernando, o DER informou que, no momento, todos os esforços se concentram em desobstruir as rodovias e realizar as obras necessárias no menor prazo possível, diante das chuvas recordes registradas na região.
Especificamente sobre a Mogi-Bertioga, destacou que serão realizados serviços de recuperação da pista, novo sistema de drenagem, escada hidráulica e linha de tubo, novo muro de arrimo e reforço do muro já existente.
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