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OCDE projeta crescimento de 1,9% para o PIB do Brasil em 2024

Crescimento global é revisto para cima de 2,9% para 3,1%.

Por REDAÇÃO: NOVA TV ALTO TIETÊ em 02/05/2024 às 18:09:30

Foto: Portal do Agronegócio

Crescimento global é revisto para cima de 2,9% para 3,1%. A OCDE revisou a previsão de crescimento global de 2024 para 3,1%, contra 2,9% nas últimas projeções de fevereiro, impulsionada especialmente pelo dinamismo da recuperação nos Estados Unidos, enquanto a zona do euro permanece em declínio.

O Brasil deve crescer 1,9%, com 0,1 ponto a mais que o previsto anteriormente, e 2,1% em 2025. (saiba mais abaixo)

"Um otimismo cauteloso começou a ganhar a economia global", estimou a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico, em seu relatório trimestral, divulgado nesta quinta-feira (2), em Paris, que aponta a forte disparidade entre os países devido à queda da inflação, às reduções das taxas de juros praticadas e às "necessidades de saneamento fiscal mais ou menos importantes".

Os Estados Unidos viram a previsão de crescimento para 2024 ser elevada para 2,6% (contra 2,1% anteriormente esperados), após 2,5% no ano passado. Entre os pontos positivos, a OCDE observa a queda da inflação em 2023, que continua em uma trajetória de baixa, "embora em um ritmo modesto".

Por sua vez, o crescimento da China permanece elevado, revisado para 4,9% em 2024 (contra 4,7% anteriormente esperados), especialmente devido a uma política fiscal expansionista.

Mais dinâmica ainda, a Índia deverá apresentar um crescimento de 6,6% este ano, um aumento de 0,4 ponto em relação às previsões de fevereiro da OCDE.

Projeções otimistas para o Brasil

A OCDE projeta que o PIB do Brasil vai crescer 1,9% em 2024 e 2,1% em 2025, impulsionado pelo robusto crescimento do mercado de trabalho, aumento do salário mínimo e diminuição da inflação. Assim, os gastos de famílias devem ser o principal motor do crescimento, especialmente em 2024.

"Apesar dos sinais recentes de recuperação, a contínua incerteza externa manterá o investimento privado contido ao longo de 2024", explica a OCDE. "A inflação, que diminuiu continuamente ao longo de 2023, deverá continuar a convergir em direção à meta durante 2024 e 2025", acrescenta.

Mercado prevê PIB acima de 2%, inflação mais alta e queda menor da Selic

Zona do euro

A situação é diferente para a zona do euro. A OCDE prevê um crescimento ligeiramente aumentado para 0,7% (contra 0,6% anteriormente esperados), ainda uma progressão considerada muito moderada. No entanto, antecipa uma recuperação para 1,5% em 2025 (contra 1,3% esperados nas previsões anteriores de fevereiro), devido ao aumento da demanda interna.

"As revisões salariais em mercados de trabalho tensos e o aumento dos rendimentos reais, em um contexto de queda da inflação, estimularão o consumo privado", destaca a OCDE.

A organização também defende uma política fiscal "cautelosa", "necessária para reconstruir as margens de manobra orçamentárias e complementar o afrouxamento gradual da orientação da política monetária à medida que a inflação retorna para a meta".

Alemanha puxa bloco para baixo

A Alemanha, um dos principais pesos da região, teve sua previsão de crescimento revisada para baixo para 0,2% em 2024 (contra 0,3% anteriormente esperados).

Em direção oposta, a OCDE elevou sua previsão de crescimento para 2024 para a França, aumentando para 0,7% contra 0,6% anunciados em fevereiro, estimando que "o consumo interno deve se fortalecer" devido à queda da inflação.

No Reino Unido, o crescimento deve aumentar para 0,4% em 2024 e para 1% em 2025, estimativas inferiores ao esperado em fevereiro. Esse aumento mais modesto é atribuído principalmente à persistência da inflação em 2024, de acordo com o relatório.

Tensões geopolíticas

Por fim, a OCDE estima que as intensas tensões geopolíticas continuam a representar um risco para a economia a curto prazo, "especialmente se os conflitos em curso no Oriente Médio se intensificarem e provocarem perturbações nos mercados de energia e financeiros, aumentando a inflação e desacelerando o crescimento".

Fonte: ECONOMIA

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