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Mogi das Cruzes

Laboratórios registram aumento na procura por testes de Covid em Mogi das Cruzes


Segundo o diretor de um laboratório da cidade, a cada 30 pessoas que buscam o exame, pelo menos três testam positivo. De acordo com a Prefeitura de Mogi, a cidade não tem como precisar o atual número de pessoas com a doença. Alto Tietê registrou mais de 231 novos casos de Covid-19 em relação ao último balanço

Em Mogi das Cruzes, a média móvel de casos de Covid-19 cresceu em duas semanas. Estava em 3 há 14 dias e ficou em 6 nesta quinta-feira (23). Esse aumento pode ainda ser maior, pois muita gente faz o auto teste, aquele comprado nas farmácias, e não registra o resultado nos órgãos oficiais. Além disso, o número de pessoas que procuram os laboratórios para fazer o teste de Covid aumentou nos últimos dias.

Em um laboratório em Mogi das Cruzes, a procura por testes de Covid aumentou cerca de 30% na última semana. De acordo com o diretor da unidade, a cada 30 pessoas que buscam o exame, pelo menos 3 testam positivo.

“Os testes de Covid tiveram um certo aumento, mais ou menos, no período pré-carnaval, de uma uma semana pra cá. A gente percebeu que realmente os números estão um pouquinho mais elevados. Quanto à positividade dos testes, eles continuam numa estabilidade. Hoje nós estamos tendo aí em torno de 10% positivo do que é realizado, entendeu? A gente tem uma expectativa de mais ou menos 10 a 14 dias que essa testagem pode ser aumentada”, explicou o biomédico Alberto Nalini Junior.

No laboratório, o cliente pode escolher entre dois tipos de teste. O mais procurado, segundo o diretor, é o antígeno. “Ele testa apenas o teste do vírus da Covid. Ele sai o resultado em 15 minutos. E tem o outro teste, que é o teste triplo. Ele pega o antígeno, pega o Influenza A e o Influenza B, também sai em 15 minutos. A diferença das Influenzas A e B é o tipo de vírus que tem. A Influenza A é o H1N1 e o H3N2 e a Influenza B é o Vitória e o Yamagata. Tanto os dois testes de antígeno quanto o triplo eles saem em 15 minutos. Quanto ao preço, a diferença ela é mínima em relação ao antígeno e ao triplo. O antígeno hoje sai em torno de R$ 60 e o triplo, que pega Influenza A e B junto com o antígeno, R$ 95”.

De acordo com a Prefeitura de Mogi das Cruzes, a cidade não tem como precisar o atual número de pessoas com a doença. Muitas vezes, elas não procuram o sistema de saúde. Mas a expectativa é que os dados aumentem nos próximos dias.

“Sempre que você tem eventos com grandes aglomerações, essa transmissão ela aumenta. A doença não foi embora, ela continua circulando, então é esperado que ele aumente, mas essa detecção depende do diagnóstico. Então, é importante que essas pessoas procurem, se tiverem qualquer sintoma gripal, procurem pelo atendimento. No sistema público, a pessoa pode estar procurando as UPAs. Então, a UPA Rodeio, UPA Oropó ou UPA de Jundiapeba, onde ela vai ser atendida pelo médico e vai avaliar a necessidade de estar realizando ou não o teste de Covid”, disse Lilian Peres Mendes, chefe da Vigilância Epidemiológica de Mogi.

Ela também lembra que a vacina é muito importante para a prevenção da doença, e também ajuda a evitar complicações nos casos.

“Importante que as pessoas continuem procurando a vacina. Para os adultos e adolescentes, a partir dos 12 anos, ela está em livre demanda nos postos de saúde e Unidades de Saúde da Família, das 8h às 16h. Então, essas pessoas não precisam agendar, elas vão até o posto e recebem a dose que precisar, 1ª, 2ª ou reforços. As crianças menores de 12, elas precisam do agendamento. Então, as crianças, seja pra Pfizer Baby ou Pfizer pediátrica, que estava em falta e agora chegou, ou a Coronavac, a criança tem que fazer o agendamento via SIS ou pelo site do Clique Vacina. E nós estamos com vagas abertas e vagas disponíveis. A gente tem aberto vagas em horário noturno e não está completando a quantidade ofertada, não está sendo completa. Então, tem público pra vacinar e tem vaga disponível”, disse a chefe da Vigilância Epidemiológica.

“A gente sabe que o Covid ele sofre mutações, tem novas cepas que surgiram, como a ômicron. E agora está sendo lançada uma vacina chamada de vacina bivalente, porque ela tem duas cepas, a cepa anterior original e mais a da ômicron. Então, ela vai reforçar essa proteção. Essa campanha vai começar na segunda-feira com uma liberação gradativa, assim como ocorreu na primeira vez. Então, neste momento vão ser vacinados os idosos acima de 70 anos”

Em Mogi das Cruzes, o agendamento para vacina bivalente deve ser feito a partir das 13h30 de segunda-feira, através do site Clique Vacina cliquevacina.com.br ou pelo telefone 160, do SIS. Os documentos necessários para receber a dose são RG, CPF e comprovante das doses anteriores.

Vacina bivalente

Na primeira etapa de aplicação da vacina bivalente, que começa na próxima segunda, só os grupos mais expostos ao risco da doença é que poderão receber a dose.

O médico sanitarista Sérgio Zanetta explica a importância da chegada deste novo imunizante. “É uma atualização das mudanças que a Covid, que o vírus original teve. Agora eu tenho uma adaptação da vacina. E ela vai se dirigir a quem já está vacinado e com reforços, porque ela é um novo reforço”.

O médico também ressalta a importância de estar com a vacina em dia. “Imediatamente, tomem a dose de reforço com a nova vacina, iniciando pelos 70 anos, quilombolas, ribeirinhos e população indígena, imunossuprimidos, pessoas acima de 70 anos e pessoas privadas da liberdade. Depois vem os de 60 a 69, gestantes e puérperas, mães que tiveram bebês e, por fim, os profissionais de saúde. Este é um reforço pra evitar formas graves de doença. Sabemos que a vacina não impede a transmissão. Mas se houver transmissão ela impede a evolução de casos graves e, por isso, começamos pelos mais vulneráveis”.

Zanetta ainda lembra que as vacinas contra a Covid são importantes para evitar casos graves da doença. “Nós já conhecemos há quase 50 anos [as vacinas]. Sabemos que é uma injeçãozinha, um mal estar passageiro, uma dorzinha, um mal estar, que não dura 24 horas. Então, sem dúvida nenhuma, se proteger de um caso grave é fundamental. A vacina é praticamente sem sintomas importantes. Não há porquê valorizá-los”.

Em relação ao aumento na busca de testes, o médico sanitarista alerta para a busca de atendimento em unidades de saúde da cidade para que haja um controle da evolução de casos por parte do poder público. “Fundamental pra que a gente tenha.. acompanhe a magnitude do problema. Veja, nós tivemos carnaval, nós tivemos aglomerações e é uma doença de transmissão respiratória. A vacina não protege contra a transmissão, protege contra casos graves. Alguns faleceram, muito provavelmente quem não estava com as doses completas”.

Zanetta ainda conclui que, além das duas doses para completar o ciclo inicial de vacinação contra a Covid, é necessário se imunizar com as doses de reforço. “No mínimo duas doses e um reforço. Então, se você é adulto, "ah, tomei uma dose", não funciona assim pra essa doença. Eu preciso de duas doses no adulto acima de 12 anos mais, no mínimo, um reforço com a terceira dose”.

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