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ECONOMIA BRASIL

Dólar abre em baixa, acompanhando movimento global de desvalorização da moeda

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Na última sexta-feira, o principal índice acionário da bolsa de valores brasileira encerrou em queda de 0,15%, aos 133.953 pontos. A moeda norte-americana, por sua vez, recuou 0,28%, cotada em R$ 5,4678.

Karolina Grabowska/Pexels

O dólar abriu em baixa nesta segunda-feira (19), iniciando uma semana em que os mercados globais estarão de olho em eventos nos Estados Unidos, que podem trazer sinalizações sobre o futuro das taxas de juros no país.

Nos próximos dias, o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) divulga ata de sua última reunião e o presidente da instituição Jerome Powell discursa em um evento.

Enquanto investidores aguardam por esses novos sinais, o dólar vive um dia de desvalorização no mundo inteiro.

Veja abaixo o resumo dos mercados.

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Dólar

Às 09h, o dólar caía 0,07%, cotado a R$ 5,4640. Veja mais cotações.

Na última sexta-feira (19), a amoeda americana teve queda de 0,28%, cotada em R$ 5,4678.

Com o resultado, acumulou:

queda de 0,85% na semana;

recuo de 3,29% no mês;

alta de 12,68% no ano.

Ibovespa

O Ibovespa começa a operar às 10h.

Na sexta, o índice fechou em baixa de 0,15%, aos 133.953 pontos, num movimento de realização dos lucros decorrentes da sequência de altas observadas na semana.

Com o resultado, o índice acumulou:

alta de 2,54% na semana;

avanço de 4,92% no mês;

perdas de 0,19% no ano.

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O que está mexendo com os mercados?

Depois de uma semana de altas generalizadas nas bolsas de valores pelo mundo, com os mercados dos Estados Unidos registrando o melhor desempenho do ano, os investidores mostram mais cautela neste início de uma semana com eventos importantes.

Na quarta-feira, o Fed deve divulgar a ata de sua última reunião, em que manteve as taxas de juros americanas inalteradas entre 5,25% e 5,50% ao ano, mas sinalizou que cortes podem começar no próximo encontro, marcado para setembro.

Investidores e especialistas esperam que a instituição promova um corte nos juros de pelo menos 0,25 ponto percentual em setembro, num momento em que a maior economia do mundo dá sinais mistos.

A inflação, principal dado observado pelo Fed para tomar suas decisões, continua acima da meta de 2% ao ano, mas mostra uma desaceleração, registrando 3,2% no acumulado em 12 meses até julho.

Apesar da inflação ainda acima da meta, os dados do mercado de trabalho americano começaram a vir mais fracos que o esperado pelo mercado, gerando temores de uma possível recessão econômica nos Estados Unidos.

Por isso, o mercado espera o início dos cortes nos juros. Taxas menores barateiam o crédito para empresas e população, o que favorece a economia e os mercados de ações.

Além da ata do Fed, na sexta-feira (23), o presidente da instituição, Jerome Powell , discursa no Simpósio de Jackson Hole -- uma convenção nos Estados Unidos que reúne as principais autoridades políticas e econômicas do mundo para falar sobre a economia. O mercado espera que ele traga alguma sinalização sobre o futuro dos juros no país.

Em compasso de espera, as bolsas operam sem direção única e com volatilidade, oscilando entre leves altas e baixas, e o dólar recua frente as principais moedas.

No cenário doméstico, o Banco Central do Brasil (BC) divulgou mais uma edição do Boletim Focus -- relatório que reúne as projeções para os principais indicadores econômicos do país com base na opinião de economistas do mercado financeiro.

A expectativa para a inflação brasileira subiu pela quinta semana consecutiva, com o mercado estimando um IPCA de 4,22% até o fim do ano. A meta de inflação do BC é de 3% para 2024, podendo oscilar entre 1,50% e 4,50%.

As expectativas para o Produto Interno Bruto (PIB) e a taxa de câmbio até o fim do ano também aumentaram. Para o PIB, economistas esperam um crescimento de 2,23%. Já a taxa de câmbio é estimada em R$ 5,31 até dezembro.

Outra novidade nesta edição do Focus é a perspectiva de uma Selic, taxa básica de juros, maior em 2025: o mercado estima que a taxa deve encerrar o próximo ano em 10% ao ano.

Vale lembrar que, atualmente, a Selic está em 10,50% ao ano e o mercado acredita que uma nova alta pode vir pela frente, caso a inflação no país continue subindo.

ECONOMIA

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