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SOS Mata Atlântica aponta água ruim ou péssima em três pontos do Rio Tietê na região

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Por Nova TV Alto Tiete em 22/09/2024 às 01:19:05

Foto: G1 - Globo

Segundo o relatório, em um ponto de coleta de Itaquaquecetuba e em Suzano a água foi considerada péssima. Já no ponto em Mogi das Cruzes, a água foi classificada como ruim. Estudo afirma ainda que a mancha de poluição no Rio Tietê aumentou 29% neste ano, em comparação com o ano passado. Estudo aponta piora na qualidade da água do Rio Tietê na região

A água em três pontos de coleta e análise de água do Rio Tietê na região está com qualidade ruim ou péssima, segundo o Índice de Qualidade da Água (IQA).

As informações são do estudo Observando o Tietê da Fundação SOS Mata Atlântica divulgado na última terça-feira (20). Neste domingo (22), é celebrado o Dia do Rio Tietê, que nasce em Salesópolis e corta as cidades e dá nome à região. O rio é o maior do estado de São Paulo, com 1,1 mil quilômetros.

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De acordo com o relatório, em um ponto de coleta de Itaquaquecetuba e em Suzano a água foi considerada péssima. Já no ponto em Mogi das Cruzes, a água foi classificada como ruim.

De acordo com o estudo três pontos tiveram piora na qualidade da água. "Em Mogi das Cruzes, houve um ponto que saiu da qualidade boa para a qualidade regular e outro ponto que saiu da qualidade regular para ruim. Já os pontos do Rio Tietê, em Suzano e em Itaquaquecetuba, saíram da qualidade ruim para péssima".

Rio Tietê no trecho da Ponte Grande, em Mogi das Cruzes

Ralph Siqueira/TV Diário

Entretanto, alguns pontos apresentaram bons resultados. "A qualidade da água também melhorou, de regular para boa, nos dois pontos do córrego Balainho, no município de Suzano, que fica em uma área rural, portanto com baixo adensamento populacional", diz a pesquisa.

Aumento da mancha

O estudo afirma que a mancha de poluição no Rio Tietê aumentou 29% neste ano, em comparação com o ano passado. Em 2023, a mancha ocupava 160 quilômetros do rio. Neste ano, ela alcançou 207 quilômetros do Tietê.

"Menor vazão do rio, menor precipitação, maiores temperaturas, alterações no clima, mudanças de uso do solo, dentre outros fatores, indicam maior concentração de poluição no Rio Tietê e seus afluentes, ainda que não tenha aumentado a carga de poluentes despejados nos rios, com ou sem tratamento", aponta o estudo.

Adversidades climáticas

O biólogo da causa água limpa da SOS Mata Atlântica, Cesar Pegoraro, destaca que o estudo aponta que houve um decréscimo na pontuação, ou seja, existe perda da qualidade de água no Rio Tietê na região das cabeceiras. "A gente entende que não houve um crescimento populacional que significasse um incremento de esgoto caindo no rio, de lixo caindo no rio. A gente está entendendo que essa piora que nós tivemos em vários pontos do rio, na região das cabeceiras também, deve-se ao fato dessas adversidades climáticas. A gente um ano com bastante estiagem, um ano com temperaturas bastante elevadas duas condições que dificultam bastante a oxigenação e manutenção da saúde do rio."

Ele observa que a mancha de poluição aponta justamente a região do Tietê que está sem oxigenação.

"Infelizmente, essa mancha aumentou. A gente tem atribuído esse aumento na mancha, especialmente, por uma questão climática. A gente viveu um ano atípico, enquanto regime de chuvas e enquanto temperaturas mais elevadas. Duas condições que dificultam a saúde do rio. Tanto pela ausência de chuva a gente teve diminuição do material que ainda está caindo no rio, tanto quanto pelo aumento da temperatura a gente também tem a diminuição da oxigenação da água, fazendo obviamente que a gente tenha mais dificuldade do rio em se autodepurar."

Pegoraro aponta que as ações de saneamento tem acontecido, buscando exatamente devolver esse rio para seus usos múltiplos. "A gente quer o rio para nadar, pra pescar, pra contemplar e fazer atividades náuticas perto do rio e pra isso a gente precisa de saúde. E saúde pro rio para que ele não interfira na nossa qualidade de vida. A saúde do rio interfere na saúde urbana e da biodiversidade. Da saúde do rio depende a nossa saúde. O rio é de todo mundo e depende dessa união de esforços."

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Fonte: G1

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