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Dólar opera em alta, na expectativa por dados do mercado de trabalho dos EUA e com tensões no Oriente Médio

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Por REDAÇÃO: NOVA TV ALTO TIETÊ em 04/10/2024 às 09:29:46

No dia anterior, a moeda norte-americana teve alta de 0,54%, cotada a R$ 5,4734. Já o principal índice de ações da bolsa encerrou em queda de 1,38%, aos 131.672 pontos.

Karolina Grabowska/Pexels

O dólar opera em alta nesta sexta-feira (4), com investidores de olho nos novos dados do mercado de trabalho dos Estados Unidos.

Investidores prestam atenção nesses dados porque uma geração forte de empregos pode continuar pressionando a inflação no país, já que coloca mais dinheiro na mão da população, e levar o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) a reduzir o ritmo ou a magnitude do seu ciclo de corte nas taxas de juros americanas, hoje entre 4,75% e 5,00% ao ano.

Esse patamar foi atingido em setembro, após a instituição cortar os juros em 0,50 ponto percentual. Agora, o mercado acredita que os próximos cortes sejam menores, de 0,25, principalmente se o mercado de trabalho continuar se mostrando muito resiliente.

Além disso, a tensão e sentimento de aversão com a guerra no Oriente Médio permanecem, com Israel ainda atacando o Líbano, enquanto discute, com os Estados Unidos, uma resposta aos ataques desta semana do Irã.

Ontem, o presidente americano, Joe Biden, foi questionado se apoiaria um ataque israelense às instalações petrolíferas iranianas em conversa com repórteres nesta quinta. "Estamos discutindo isso. Acho que seria um pouco...", respondeu.

Isso fez o petróleo disparar mais de 5% nesta quinta-feira (3), por conta da importância que o Irã tem na produção e exportação de petróleo no mundo todo. Hoje, a commodity continua subindo e o barril é negociado acima dos US$ 78.

Veja abaixo o resumo dos mercados.

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Dólar

Às 09h15, o dólar subia 0,33%, cotado a R$ 5,4912. Veja mais cotações.

No dia anterior, a moeda subiu 0,54%, cotada a R$ 5,4734. Na máxima do dia, chegou a R$ 5,5107.

Com o resultado, acumulou:

alta de 0,68% na semana;

avanço de 0,49% no mês;

ganho de 12,80% no ano.

O

Ibovespa

O Ibovespa começa a operar às 10h.

Na véspera, o índice caiu 1,38%, aos 131,672 pontos.

Com o resultado, acumulou:

queda de 0,80% na semana;

perdas de 0,11% no mês; e

recuo de 1,88% no ano.

O que está mexendo com os mercados

Ainda no exterior, os dados de emprego marcam a semana nos Estados Unidos.

Hoje, o Departamento do Trabalho divulgou que o número de pedidos iniciais por seguro-desemprego subiu para 225 mil na semana passada, acima das projeções de 222 mil e também mais do que os 219 mil registrados na semana anterior.

O dado mais aguardado da semana, porém, chega amanhã, com o relatório de empregos mais popular dos Estados Unidos, o payroll. A expectativa do mercado financeiro é que a taxa de desemprego tenha se mantido em 4,2% em setembro, com uma geração de 144 mil empregos não-agrícolas.

No Brasil, o destaque fica com os novos dados do Tesouro Nacional, que mostra que o governo teve um déficit de R$ 100 bilhões de janeiro a agosto deste ano, o quinto pior resultado para esse período desde o início da divulgação dos dados, em 1997.

O déficit primário ocorre quando as receitas com tributos e impostos ficam abaixo das despesas do governo. Se as receitas superam as despesas, o resultado é de superávit primário.

O resultado representa uma melhora em relação ao déficit de R$ 105,88 bilhões registrados no mesmo período do ano passado. Porém, está muito acima das previsões do governo para o fim do ano, de um rombo de R$ 68,83 bilhões.

Esse rombo não fará com que a meta fiscal seja considerada descumprida formalmente, no entanto.

Isso porque as regras do arcabouço fiscal determinam que o governo pode ter um déficit de até 0,25% do PIB sem que o objetivo de zerar o rombo fiscal seja formalmente descumprido, além de outros créditos extraordinários que serão excluídos da meta pelo seu caráter emergencial, como os bilhões destinados ao enfrentamento das enchentes no Rio Grande do Sul.

Guerra no Oriente Médio

A escalada dos conflitos no Oriente Médio continuam pesando sobre os mercados globais. Veja, abaixo, um resumo do que está acontecendo na região:

Depois de quase um ano dos ataques do grupo terrorista Hamas aos israelenses, e de uma guerra que devastou a Palestina, o enfrentamento vinha escalando com a entrada do grupo extremista Hezbollah — que nasceu no Líbano, é financiado pelo Irã e aliado do Hamas.

O avanço nas tensões na região começou há duas semanas, quando pagers e walkie talkies de integrantes do grupo extremista Hezbollah explodiram em série, o que o grupo atribui a Israel.

Nos dias seguintes, Israel passou a atacar regiões do Líbano mirando alvos do Hezbollah e, na última sexta-feira (27), matou o chefe do grupo, Sayyed Hassan Nasrallah e outros líderes.

Israel, na segunda-feira (30), iniciou uma incursão por terra no Líbano, no que classificaram como uma operação limitada contra alvos do Hezbollah.

No sábado (28), o líder supremo do Irã, que apoia e financia o Hezbollah, disse que a morte de Nasrallah não ficaria "sem vingança". Depois disso, na terça-feira (1), o Irã disparou centenas de mísseis contra Israel, que prometeu retaliação.

Os Estados Unidos, principal aliado de Israel, também disse que vai retaliar o Irã pelo ataque promovido contra o país.

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E na iminência de contra-atacar o Irã, Israel continua bombardeando o Líbano, ainda sob a alegação de desmantelar o Hezbollah. O país lançou nesta quinta-feira (3) novos bombardeios no centro de Beirute, no Líbano, segundo testemunhas ouvidas pela agência de notícias Reuters. Explosões também aconteceram nos subúrbios da capital libanesa.

Os ataques deixaram nove pessoas mortas e outras 14 feridas, segundo o governo local — no total, mais de 1.000 pessoas morreram no Líbano em quase duas semanas de bombardeios de Israel.

Essas tensões, que geram preocupação com a escalada do conflito para uma guerra total no Oriente Médio, já fizeram o preço do petróleo disparar.

A região é a mais importante do mundo na exportação da commodity e qualquer conflito lá pode gerar problemas de oferta e desabastecimento para o mundo todo, que tem o petróleo como principal fonte de combustível e energia.

Além disso, os temores também direcionam os investidores para o dólar, considerada a moeda mais segura do mundo, em busca de proteção contra os ativos de risco — como mercado de ações e moedas de países emergentes, como o Brasil —, que tendem a apresentar mais volatilidade, principalmente em momentos de incertezas política e econômica.

Fonte: ECONOMIA

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