58% dos agentes do mercado acham pacote de corte de gastos nada satisfatório e 42%, pouco satisfatório. Pesquisa foi feita com 105 agentes do mercado, entre gestores, economistas, analistas e tomadores de decisão do mercado financeiro. Lula e Haddad durante o lançamento do Plano Safra 2024/2025 da Agricultura Familiar em 3 de julho de 2024
WILTON JUNIOR/ESTADÃO CONTEÚDO
Uma pesquisa Quaest divulgada nesta quarta-feira (4) apontou que a avaliação do governo Lula (PT) é negativa para 90% dos agentes do mercado financeiro. O índice é 26 pontos percentuais mais alto que o último levantamento, realizado em março de 2024, e o maior da série histórica, iniciada em março de 2023.
3% avaliam o governo Lula como positivo (eram 6% em março) e 7% como regular (eram 30%).
O levantamento ouviu 105 gestores, economistas, analistas e tomadores de decisão do mercado financeiro em fundos de investimento com sede em São Paulo e no Rio de Janeiro entre os dias 29 de novembro a 3 de dezembro.
A margem de erro não foi divulgada. Na pesquisa anterior, era de 3,4 pontos percentuais para mais ou para menos. O levantamento foi encomendado pela Genial Investimentos.
Haddad
A pesquisa também mostra que 41% dos entrevistados avaliaram como positivo o trabalho do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, 9 pontos percentuais abaixo do resultado de março (50%).
24% enxergam o trabalho do ministro como negativo (eram 12% em março) e 35%, como regular (eram 38%).
Para 61% dos agentes do mercado financeiro, a força de Haddad está menor do que no início do mandato (eram 14% em março); 35%, veem como igual; e 4%, como mais forte neste período.
Política econômica
A pesquisa indica também como os entrevistados enxergam a expectativa em relação ao desempenho da economia, crescimento do Brasil, arcabouço fiscal e pacote de cortes de gastos.
Veja os números:
O que vai acontecer com a economia nos próximos 12 meses
88%, que vai piorar (eram 32% em novembro).
10% acham que ficará do mesmo jeito (eram 47%);
2% acham que vai melhorar (eram 21%);
Sobre o pacote de corte de gastos:
58% consideram as medidas nada satisfatórias;
42% as consideram pouco satisfatórias.
Sobre o novo arcabouço fiscal:
58% diz que o projeto não tem nenhuma credibilidade;
42% pouca credibilidade;
Sobre a taxa de juros do Copom em dezembro de 2024, que hoje está em 10,75%:
66% acham que vai subir em 0,75;
17% acha que vai subir em 1;
15% acha que vai subir 0,5.