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Número de jovens que não estudam nem trabalham é o menor da série histórica do IBGE

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Por REDAÇÃO: NOVA TV ALTO TIETÊ em 04/12/2024 às 10:25:43

Foto: O Globo

Ao todo, 10,3 milhões de pessoas de 15 a 29 anos estão nessa situação, o que representa uma taxa de 21,2% — a menor desde o início das pesquisas, em 2012. Carteira de Trabalho e Previdência Social

Marcelo Camargo/Agência Brasil

O número de jovens brasileiros que não estudam nem trabalham atingiu o menor nível da série histórica iniciada em 2012 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). É o que mostram dados da pesquisa Síntese de Indicadores Sociais 2024, divulgada nesta quarta-feira (4).

Ao todo, 10,3 milhões de jovens de 15 a 29 anos estavam nessa situação em 2023, o que representa uma taxa de 21,2% — a menor da série histórica.

Até então, o menor nível havia sido registrado em 2013, quando 11,2 milhões de pessoas (21,6%) dessa faixa etária não trabalhavam nem estudavam.

Veja no gráfico abaixo:

Os dados do IBGE mostram que houve um aumento da taxa entre 2016 e 2020 — atingindo as máximas, com quase 14 milhões de jovens (28%) nessa condição.

O movimento foi causado pela "recessão econômica que já vinha de 2014, agravada pela pandemia", diz o instituto.

De 2020 a 2023, no entanto, houve uma mudança de rota, com uma sequência de quedas no índice.

"O recuo no número de jovens que não estudam nem trabalham é explicado pelo dinamismo do mercado de trabalho", diz Leonardo Athias, gerente de Indicadores Sociais do IBGE, que destaca o aumento no número de jovens ocupados.

Conforme mostrou o g1, o Brasil registrou uma taxa média de desemprego de 7,8% em 2023, à época o menor patamar desde 2014, quando a taxa foi de 7%.

Mulheres pretas ou pardas são mais atingidas

A pesquisa divulgada nesta quarta-feira mostra que o total de jovens que não estudam nem trabalham recuou de 10,9 milhões em 2022 para 10,3 milhões em 2023, uma queda de 4,9%.

Dentre os 10,3 milhões de jovens ainda nessas condições, 4,6 milhões (45,2%) são mulheres pretas ou pardas. Já as brancas são metade desse montante: 1,9 milhão (18,9%).

Entre os homens, a discrepância é semelhante: os pretos e pardos sem estudar nem trabalhar são 2,4 milhões (23,4%), enquanto os brancos são 1,2 milhão (11,3%).

Veja a variação no gráfico abaixo:

Segundo Athias, do IBGE, a situação atinge de maneira muito mais forte as mulheres pretas ou pardas por conta da concentração dessa população em domicílios com menor renda — e, consequentemente, maior dificuldade de acesso à creche privada.

"[Há também] uma diferença entre homens e mulheres. Os homens são mais afetados pela dificuldade de acesso ao mercado de trabalho, enquanto as mulheres são atingidas ainda pela gravidez e pelo cuidado de filhos e outras pessoas no domicílio", conclui.

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Fonte: ECONOMIA

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