Uma viagem a Roma, na Itália, de Janja Lula da Silva, esposa do presidente Lula, e do ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias, gerou polêmica devido aos altos valores pagos em diárias para a comitiva.
Para ilustras, Raquel Porto Mendes Ribeiro, servidora do Ministério da Fazenda, recebeu o maior valor em diárias: R$ 17.821,85 por oito dias de eventos do Fida.
Funcionários próximos a Wellington Dias também receberam diárias elevadas. Allisson Bacelar (assessor de imprensa), Renato Domith Godinho (assessor internacional) e Roberta Aline e Silva Sousa (gerente de projetos) receberam cerca de R$ 13.900,00 cada.
Da equipe de Janja, que tem um gabinete paralelo, Taynara Pretto (assessora de imprensa), Edson Antônio Moura Pinto (ajudante de ordens), Cláudio Adão dos Santos Souza (fotógrafo) e Julia Camilo Fernandes Silva (assessora) receberam R$ 6.033,63 cada um em diárias. Audo Araújo Faleiro, assessor-chefe-adjunto da Presidência, que também viajou a Roma, recebeu R$ 10.710,03 em diárias.
Durante a viagem, Janja e Wellington Dias participaram da reunião do Conselho Interino de Campeões da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, entidade lançada pelo Brasil durante o G20, no Rio de Janeiro, em 2024. Eles também estiveram na abertura da 48ª Sessão do Conselho de Governança do Fida e em reuniões bilaterais.
Janja, mesmo sem cargo oficial no governo, realizou um discurso na reunião do Conselho de Governadores do Fida. As autoridades presentes debateram formas de implementar os compromissos da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza. Ainda em Roma, Janja também encontrou-se com o Papa Francisco no Vaticano.
"Valores exorbitantes em diárias para uma viagem oficial levantam sérias questões sobre a gestão de recursos públicos."
A viagem gerou intenso debate nas redes sociais e na mídia, com críticas sobre a utilização dos recursos públicos. A transparência e o controle rigoroso dos gastos governamentais são temas importantes para a população e merecem constante atenção.
Em meio a esse cenário de gastos elevados, a população brasileira questiona a gestão dos recursos públicos e a necessidade de viagens com comitivas tão numerosas, gerando desconfianças sobre a real necessidade e os critérios de seleção dos integrantes das comitivas.
A falta de explicações claras e detalhadas por parte do Governo Federal sobre os critérios de escolha dos integrantes da comitiva agrava ainda mais a situação e aumenta as críticas sobre a falta de transparência e de responsabilidade com o dinheiro público. As autoridades envolvidas deverão prestar esclarecimentos à população sobre os gastos realizados.