Trabalhadores da Gerdau de Mogi estão com contrato de trabalho suspenso, diz sindicato

Segundo o sindicato na área de atuação da entidade essa é a segunda empresa da região a adotar a medida. Na unidade, o sindicato estima que 90 trabalhadores estão afastados. Trabalhadores da unidade de Mogi das Cruzes da Gerdau estão com o contrato de trabalho suspenso, no chamado layoff, segundo o Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes. A entidade estima que 90 trabalhadores da unidade já estão afastados. Em nota, a Gerdau afirma que o programa busca preservar os empregos existentes.

De acordo com o terceiro vice-presidente do Sindicato, David Martins de Carvalho, neste período os trabalhadores fazem curso no Senai. Carvalho informou que a primeira turma de 58 funcionários começou o layoff em maio e a segunda, de 32, em junho.

De acordo com o sindicato, a medida tem a duração mínima de dois meses, mas pode chegar a cinco e ser prorrogada por mais cinco meses. Ele detalha que o setor de aciaria parou 100% com o layoff, mas que outros departamentos também foram impactados com a medida.

"A Gerdau fornece chapa para produção de veículo. A queda na venda de veículo e o arrocho na economia na parte automotiva afetou a Gerdau no setor de aciaria que fabrica chapas", explica David Carvalho.

Segundo o sindicato, com o layoff os trabalhadores estão com 80% do salário e os direitos trabalhistas assegurados, como FGTS, 13º salário, vale-alimentação e convênio garantidos. Carvalho estima que a unidade da Gerdau em Mogi das Cruzes tenha, em média, 400 funcionários.

A Gerdau é a segunda na área de atuação do Sindicato dos Metalúrgicos no Alto Tietê que está em layoff na cidade. A partir desta segunda-feira (3), trabalhadores da unidade de Mogi das Cruzes da GM também tiveram o contrato de trabalho suspenso.

Segundo o sindicato, acordo foi aprovado pelos trabalhadores durante assembleia. Carvalho informou que o layoff na GM vale para até 100 trabalhadores da unidade que trabalham na fabricação de peças para S-10. O motivo é a queda da demanda, de acordo com ata da assembleia.

Em nota, a Gerdau afirma que aprovou, junto ao sindicato local, a realização de um programa de layoff na usina de Mogi das Cruzes (SP). Essa decisão reflete a necessidade de ajuste da companhia a uma menor demanda por aços especiais nos próximos meses, uma vez que diversas empresas da indústria automotiva brasileira, principal consumidora do produto, estão concedendo férias coletivas a seus funcionários devido à redução do ritmo de vendas no mercado local. Ainda de acordo com a empresa, o atendimento aos clientes se manterá inalterado.

Assista a mais notícias