Famílias de crianças autistas manifestam contra decisão de operadora de saúde nesta segunda-feira, em Mogi

Segundo os manifestantes, a operadora vem descredenciando clínicas que oferecem tratamento especializado. Famílias de crianças autistas manifestam contra operadora de saúde em Mogi

As famílias de crianças autistas foram as ruas manifestar contra a iniciativa de uma operadora de saúde nesta segunda-feira (10), em Mogi das Cruzes. Segundo os manifestantes, a operadora vem descredenciando clínicas que oferecem tratamento especializado.

Em nota, a Notredame Intermédica afirmou que a empresa cumpre os protocolos e prazos estabelecidos pela Agência Nacional de Saúde (ANS), que toda a comunicação foi feita e que segue à disposição das famílias para dúvidas.

Segundo a presidente do Instituto Resiliência Azul, Dina Batista, as famílias atípicas querem que os filhos tenham autonomia e que sejam atendidos - e deem continuidade no atendimento - em um clínica que eles já estejam acostumados.

De acordo com a ONG, cerca de 600 crianças fazem acompanhamento pelo plano e dependem desse atendimento para terem qualidade de vida.

"Na prática, estão fazendo um galpão para jogar nossos filhos para cortarem os custos. É muito mais uma questão financeira do que qualquer outra coisa. É um descaso absurdo, não dá nem para calcular o tamanho desse retrocesso".

"A clínica, que está sendo feita, simplesmente está sendo feita. Nós não sabemos como vai funcionar, se eles têm experiência em cuidar de autistas, como vai ser, se vai ser igual ou superior. A lei nos protege nesse sentido, mas certeza nós não temos. Eles [a administração da operadora de saúde] não conversam, não mandaram nenhum e-mail, não houve um contato e, hoje, simplesmente nem apareceram no centro clínico para falar com a gente".

A Notredame Intermédica informou ainda que em breve, sem dar uma data específica, será inaugurada uma clínica exclusiva para atendimento dos pacientes com Transtorno do Espectro Autista (TEA) e que, além da estrutura da rede própria, a empresa ainda deve manter algumas clínicas específicas para ajudar a suprir as necessidades.

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