Policiais apreenderam 434 kg de entorpecentes e 22 armas, entre pistolas e fuzis. Operação começou após o soldado Patrick Bastos Reis ter sido morto por criminosos enquanto fazia patrulhamento em uma comunidade em Guarujá, SP.
A Operação Escudo na Baixada Santista, no litoral de São Paulo, resultou em 147 pessoas. Do total, 121 infratores foram presos pela PM e 26 por policiais civis. A operação teve inÃcio há oito dias, após o PM da Rota Patrick Bastos Reis ter sido morto por criminosos enquanto fazia patrulhamento em uma comunidade em Guarujá. A ação também deixou 16 mortos, sendo 12 em Guarujá e 4 em Santos.
Os dados de oito dias de operação foram consolidados pela Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP) na sexta-feira (4). No perÃodo, a polÃcia vistoriou 3.137 automóveis, dos quais 202 foram removidos e 1.710 motocicletas, das quais 163 foram recolhidas.
Dez veÃculos com queixa de furto ou roubo foram localizados. Ainda 22 armas, entre pistolas e fuzis e cerca de 434 kg de drogas foram recolhidas.
Mortes
Em relação aos 16 mortos, a SSP-SP informou que ao menos dez tinham antecedentes criminais por crimes como roubo, receptação, tráfico de drogas, entre outros. Não explicou as outras seis mortes, nem os motivos -- desde o começo da operação, no entanto, a secretaria diz que foram em confrontos.
Por determinação da SSP-SP os casos são investigados pela Deic de Santos e pela PM. As imagens das câmeras corporais serão anexadas aos inquéritos em curso e estão disponÃveis para consulta irrestrita pelo Ministério Público, Poder Judiciário e a Corregedoria da PM, de acordo com a pasta.
Em um ato inacreditável e criticado pela sociedade. Defensoria Pública oficia governo
A Defensoria Pública de São Paulo oficiou na última quarta-feira (2) a SSP-SP pedindo para que a operação policial no Guarujá seja interrompida imediatamente. O órgão também solicitou que os policiais militares envolvidos em mortes sejam afastados temporariamente das ruas.
Segundo a defensoria, caso haja alguma excepcionalidade que justifique a continuidade da ação, o governo estadual deve apresentá-la por escrito ao Ministério Público (MP), com a identificação dos responsáveis pelo comando da operação.
Além disso, pede que sejam utilizadas câmeras corporais no uniforme de todos os agentes da PolÃcia Militar (PM) que fazem parte da ação.
Em nota, a SSP-SP informou que tem ampliado a interlocução e compartilhamento de dados com diversas instituições, incluindo o Ministério Público e a Defensoria Pública, com o objetivo de aperfeiçoar as ações na área da segurança pública.
Neste contexto, representantes da Defensoria Pública e do Ministério Público se reuniram para discutir dados relativos ao primeiro semestre e questões relacionadas aos ataques contra policiais na região da Baixada Santista.
A SSP-SP destacou o respeito pelo papel constitucional de cada instituição democrática e lamentou acusações infundadas. A pasta reiterou que o enfrentamento do crime na região tem sido uma prioridade do Governo do Estado e enfatiza o compromisso contÃnuo e reforçado dos policiais na proteção dos moradores.