Focos de queimadas têm alta de 116% de janeiro a julho no Alto Tietê, segundo Inpe

Incêndio em área de mata do Rio Acima, em Mogi das Cruzes

José Antônio de Assis/Arquivo pessoal

A quantidade de focos de queimadas no Alto Tietê teve aumento de 116% entre janeiro e julho deste ano, na comparação com o mesmo período do ano passado. Segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o índice passou de 6 para 13.

O levantamento também indica que quatro cidades da região registraram queimadas em áreas de vegetação da Mata Atlântica nos sete primeiros meses deste ano. No mesmo intervalo do ano passado, três cidades da região tiveram registros.

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O município com o maior número de focos de queimadas neste ano é Mogi das Cruzes, com cinco, seguido de Santa Isabel, com quatro. Arujá e Suzano tiveram dois casos cada.

Todos os registros de focos de queimadas neste ano foram registrados no período da tarde. Entre todas as queimadas observadas pelo Inpe neste ano, a de 28 de junho, em Suzano, foi a que teve o maior poder radioativo de fogo (FRP). Neste caso, o FRP foi de 28.4.

Apuração via satélite

De acordo com o Inpe, o monitoramento de queimadas em imagens de satélites é útil especialmente para regiões remotas que não possuem meios intensivos de acompanhamento, condição que representa a situação geral do país.

Os dados são coletados via satélite e podem ser conferidos pela internet. Um foco indica a existência de fogo em um elemento de resolução da imagem (pixel), que varia de 375 m x 375 m até 5 km x 4 km, dependendo do equipamento usado. Neste pixel pode haver uma ou várias frentes de fogo ativo distintas, mas a indicação será de um único foco.

Além disso, se o evento de fogo na vegetação for muito extenso, ele pode ser detectado em alguns pixeis vizinhos, ou seja, vários focos estarão associados a uma única grande evento. Ainda, é comum um mesmo evento ser detectado por vários satélites ao longo do dia.

O Instituto lembra ainda que não tem atribuições para fiscalizar, controlar e combater o uso do fogo no país e nem punir os infratores. Para isso, a população pode contribuir por meio de denúncias. Elas podem ser feita por meio do site da Polícia Ambiental. Em caso de emergência com fogo é necessário acionar o Corpo de Bombeiros no 193.

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