Na véspera, a moeda norte-americana avançou 0,79%, cotada a R$ 5,0662, no maior patamar desde maio. Já a bolsa de valores brasileira fechou em queda de 1,29%, aos 115.057 pontos. Mercados operam com cautela
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sO dólar abriu a sessão em ___ nesta terça-feira (3), ainda afetado pela perspectiva pessimista de que o mundo pode passar por uma recessão econômica em breve.
O dólar abriu a sessão em alta nesta terça-feira (3), ainda afetado pela perspectiva pessimista de que o mundo pode passar por uma recessão econômica em breve.
Investidores seguem na expectativa por novos dados dos Estados Unidos ao longo desta semana, em meio à expectativa por novos sinais sobre os juros do país.
Veja abaixo o dia nos mercados.
Dólar
Às 9h, a moeda norte-americana operava em alta de 0,43%, cotada a R$ 5,0878. Veja mais cotações.
No pregão de ontem, o dólar fechou em alta de 0,79%, cotada a R$ 5,0662, no maior patamar desde maio. Com o resultado, a moeda passou a acumular:
altas de 0,79% na semana e de 0,79% no mês;
queda de 4,01% no ano.
Ibovespa
O Ibovespa só passa a operar a partir das 10h.
Na véspera, o índice fechou em queda de 1,29%, aos 115.057 pontos. Com o resultado, o índice passou a acumular:
quedas de 1,29% na semana e de 1,29% no mês;
alta de 4,85% no ano.
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O que está mexendo com os mercados?
Seguem os temores sobre uma eventual recessão econômica global no início deste último trimestre do ano. O próximo grande indicador será o resultado do mercado de trabalho dos Estados Unidos de setembro, previstos para sexta-feira (6).
Antes, contudo, o destaque desta terça-feira é o relatório JOLTS, de abertura de vagas de trabalho em agosto. A expectativa de mercado é de 8,8 milhões de empregos, em patamar de estabilidade em relação a julho.
Isso porque, sinais de melhora no mercado de trabalho da maior economia do mundo também podem indicar uma maior dificuldade no controle da inflação por parte do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) — já que mais emprego também significa mais dinheiro nas mãos da população e, consequentemente, mais pressão sobre os preços.
Por conta da inflação elevada, os juros norte-americanos já estão no maior patamar em quase duas décadas, entre 5,25% e 5,50% ao ano. O Fed já disse que pode continuar subindo as taxas para conter o avanço dos preços, o que tende a gerar uma estagnação na economia e, eventualmente, a recessão.
Com isso, a Treasury de 10 anos dos EUA chegou a marcar 4,7%, no maior nível desde outubro de 2007. Já o S&P 500 fechou estável na segunda-feira, com os serviços públicos, sensíveis a juros, caindo acentuadamente devido à incerteza sobre o caminho da política monetária do Federal Reserve.
No Brasil, analistas esperam dados de Produção Industrial do IBGE. Nas projeções da XP, o setor terá crescimento de 0,6% ante julho e de 1,1% em comparação a agosto de 2022.
Ontem, pela madrugada, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, reforçou a mensagem mais recente da instituição sobre a taxa básica Selic e afirmou que o ritmo de cortes de 0,50 ponto percentual é o "apropriado" atualmente.
"A gente entende que o meio por cento é um ritmo apropriado hoje, dadas as condições", disse Campos Neto em entrevista gravada para o programa "Conversa com Bial", da TV Globo. "Achamos que a inflação está indo para o caminho correto".