Após horas de viagem, peregrinos que estavam em Israel chegam em Salesópolis, na Grande SP: 'essa marca vai ficar para sempre'

Grupo veio para o Brasil em um avião da Força Aérea Brasileira e desembarcou no aeroporto do Rio de Janeiro. Peregrinos chegaram em Salesópolis neste domingo (15). Após horas de viagem, peregrinos que estavam em Israel chegam em Salesópolis, na Grande SP: 'essa marca vai ficar para sempre'

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O grupo de peregrinos de Salesópolis, na Grande São Paulo, que estava em Israel chegou no Alto Tietê neste domingo (15). Os devotos vieram, de Israel, em um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) e desembarcaram em território nacional neste sábado (14).

A viagem, que tinha como objetivo refazer os caminhos que Jesus percorreu, acabou sendo uma verdadeira prova de fé e será sempre lembrada.

"Eu nunca pensei que um dia iria presenciar uma situação como essa. Eu senti muito medo, foi uma coisa horrível. Essa marca vai ficar para sempre", conta a dona de casa Lúcia de Oliveira dos Santos, de 62 anos.

Lúcia De Oliveira Dos Santos em um ponto turístico da Galileia

Lúcia De Oliveira Dos Santos/Arquivo pessoal

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A viagem começou no dia 26 de setembro e o retorno seria na última quarta-feira (11). Entretanto, os planos foram interrompidos no sábado (7), quando o grupo extremista islâmico armado Hamas bombardeou Israel em um ataque surpresa.

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Lúcia conta que no sábado, logo pela manhã, os devotos se arrumaram e saíram para mais um dia de peregrinação. Entretanto, ao chegarem perto da fronteira, viram que a porta - por onde costumavam passar - estava fechada.

"Depois disso já escutamos um barulho muito, muito forte de bomba e aí a primeira coisa que veio na cabeça foi 'é guerra'. Nós tivemos que dar meia-volta e voltar para o hotel. Tinha uma fila imensa de carros atrás, mas conseguimos retornar e ficamos por lá, ouvindo o barulho das explosões".

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Paulo José da Silva, em Jerusalém

Paulo José da Silva/Arquivo pessoal

O grupo recebeu o aviso de que seria necessário fazer um cadastro para a repatriação. "Durante esse tempo, fomos conversando e tentando acalmar a nossa família. Esse processo de repatriação foi bem tranquilo porque estavam nos instruindo muito bem. Além disso, o grupo estava confiando nas mãos de Deus", diz o agente de saneamento ambiental Paulo José da Silva, de 46 anos.

"Quando chegamos aqui, foi uma mistura de sentimentos. Alegria, por estar na minha pátria, e tristeza, por ver o sofrimento daqueles que são de lá e ter presenciando tudo aquilo", relata.

O sentimento foi o mesmo para Lúcia de Oliveira dos Santos. "Voltar para o Brasil era tudo que eu mais queria no momento. A partir do momento que aconteceu tudo aquilo, eu não queria mais ficar lá".

"A melhor parte foi chegar na minha casa e ter meus filhos e netos me esperando", finaliza.

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