No dia anterior, a moeda norte-americana recuou 0,19%, cotada a R$ 4,9223. Já o principal índice de ações da bolsa de valores brasileira avançou 0,28%, aos 128.169 pontos. Dólar abre em baixa com inflação menor que o esperado
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O dólar abriu em baixa nesta sexta-feira (26), refletindo o resultado da prévia da inflação de janeiro, que veio abaixo das projeções do mercado financeiro.
O Índice de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) registrou alta de 0,31% em janeiro, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE). As estimativas eram de um avanço mais expressivo, de 0,47%.
No cenário internacional, a expectativa é pela divulgação do índice de preços PCE nos Estados Unidos. Esse é considerado o principal indicador de inflação do país e pode dar dicas sobre os próximos passos do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) em relação aos juros.
Veja abaixo o resumo dos mercados.
Dólar
Às 09h30, o dólar caía 0,14%, cotado a R$ 4,9155. Veja mais cotações.
No dia anterior, a moeda norte-americana caiu 0,19%, cotado a R$ 4,9223.
Com o resultado, acumulou:
queda de 0,09% na semana;
e ganhos de 1,44% no mês e no ano.
Ibovespa
O Ibovespa começa a operar às 10h.
Na véspera, o índice teve alta de 0,28%, aos 128.169 pontos.
Com o resultado, acumulou:
alta de 0,42% na semana;
quedas de 4,48% no mês e no ano.
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A sexta-feira começou com a divulgação do IPCA-15, considerado a prévia da inflação oficial do país. Em janeiro, o índice subiu 0,31%, contra uma expectativa de alta de 0,47%. O número também apresenta uma desaceleração em relação a dezembro, quando o avanço foi de 0,40%.
Com o resultado, o IPCA-15 acumulou 4,47% na janela de 12 meses. Em janeiro de 2023, a prévia da inflação foi de 0,55%.
A alta do IPCA-15 em janeiro foi puxada, sobretudo, pelo grupo de Alimentação e bebidas, que disparou 1,53% no mês.
A Alimentação no domicílio, subgrupo que mede os preços de alimentos in natura, teve uma alta expressiva no mês, de 2,04%, contra 0,55% em dezembro, com destaque para os avanços nos preços da batata-inglesa (25,95%), tomate (11,19%), arroz (5,85%), frutas (5,45%) e carnes (0,94%).
O analista Maykon Douglas, da Highpar, pontua que, apesar da desaceleração da révia da inflação em janeiro, os preços de serviços, como preço de aluguel e condomínio, por exemplo, que são considerados itens menos voláteis, vieram mais fortes.
"Até o momento, os recentes números de inflação possuem efeito neutro para a política monetária, uma vez que se mantém o "plano de voo" do BC para os cortes de juros. Mas vale notar que estes dados mostram uma cara mais "feia" não apenas para alimentos, mas também os serviços. O processo de desinflação continua, mas é preciso atenção", diz o analista.
No cenário internacional, a expectativa é pela divulgação do índice PCE, que é o indicador de inflação favorito do Fed. O resultado pode trazer uma perspectiva de como o banco central americano deve agir em relação às taxas de juros no país.
Atualmente, os juros na maior economia do mundo estão entre 5,25% e 5,50% ao ano, e há muita expectativa sobre quando o Fed deve iniciar o ciclo de corte nos juros.