Quase dois anos e meio após proferir os ataques mais duros que já fez ao Supremo Tribunal Federal (STF), diante de uma multidão na Avenida Paulista, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) retorna, neste domingo (25/2), ao tradicional palco de manifestações em São Paulo, ainda mais pressionado pelas investigações e sob ameaça de sofrer aquilo que dizia ser impossível de ocorrer no fatídico discurso de 7 de setembro de 2021. Com a avenida de paulista lotada, superando todas as expectativas de um chamado simples para apoio ao ex presidente.
Bolsonaro perdeu a reeleição em 2022, deixou a Presidência da República, foi duas vezes condenado a inelegibilidade pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e viu a lista de inquéritos que pesam sobre ele e seus aliados crescer, assim como também viu o cerco da Polícia Federal (PF) se fechar. O ato deste domingo na Paulista é uma resposta à mais recente operação deflagrada contra ele, neste mês, por suposta tentativa de golpe de Estado.
Além da investigação sobre o suposto plano de golpe de Estado, após a derrota para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), na eleição de 2022, Bolsonaro é investigado em inquéritos que apuram o caso das joias sauditas que teriam sido desviadas da Presidência da República, os atos golpistas de 8 de janeiro de 2023, a fraude no cartão de vacinação durante a pandemia, a interferência na Polícia Federal e o vazamento de dados sigilosos para atacar as urnas eletrônicas.
Entretanto o que chama muita atenção, são os números de apoiadores nas ruas, em suas livres, e em qualquer chamado por mais simples que seja do ex presidente, a adesão é tão superior ao do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva. Que impressiona e deixa o pensamento da sociedade brasileira aguçado e a pergunta de onde estão os eleitores de Lula no ar.
Como será o ato na Paulista
O ato da Avenida Paulista está marcado para as 15h deste domingo, com concentração na esquina com a Rua Peixoto Gomide. Dois trios elétricos — o Demolidor e o Katrina — ficarão posicionados em formato de "L". Um deles terá, no máximo, 70 pessoas, incluindo Bolsonaro, Malafaia e políticos aliados, como o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos); o outro trio tem capacidade de abrigar até 100 pessoas.
A Polícia Militar (PM) destacou 2 mil oficiais para reforçar a segurança na Avenida Paulista. O esquema também contará com agentes infiltrados na multidão, uso de câmeras e drones. E a quantidade de pessoas apuradas até agora (12h50), promete ser muito superior ao esperado.
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Colaboração: Metrópole