SISTEMA BANCÁRIO EM XEQUE.
As recentes quebras de instituições financeiras importantes acendem sinais de alerta na economia global.
Não é possível encarar com naturalidade a quebra de instituições como o Silicon Valley Bank (SVB), o banco foi fundado em 1983. e nos últimos anos estava muito alavancado, por conveniência do FED americano. O maior temor do mercado financeiro: perda de confiança sistêmica.
O ecossistema de capital de risco já sofreu um dano irreversível, o banco era o grande financiador das empresas startups na Califórnia. O banco, reconhecido por sua ligação íntima com o mundo da tecnologia.
A empresa divulgou antes da quebra uma ampla reestruturação do seu balanço e das suas atividades, deixando de cabelo em pé seus investidores, credores e usuários.
CORRIDA AOS BANCOS
Detentor de uma base de depósitos de aproximadamente US$ 150 bilhões, o Silicon Valley Bank deflagrou uma venda forçada de US$ 21 bilhões de dólares da sua carteira de ativos, o que gerou um prejuízo de US$ 1,8 bilhão e provocou a necessidade de uma oferta de ações de US$ 2,3 bilhões para cobrir as perdas.
Isso provocou a corrida dos correntistas para retirar os recursos do banco, colocando em alerta todo o setor financeiro americano.
AGORA SURGE A NOTÍCIA DO CREDIT SUISSE SOCORRIDO PELO RIVAL UBS COM AJUDA DO GOVERNO.
Mais recente, a quebra do Credit Suisse, provocada por uma forte queda das ações que arrastou outras instituições do setor.
Este fato prolongou e aumentou o temor dos investidores – que já estavam sendo impactados desde o fim da semana anterior com as quebras de bancos regionais americanos SVB e Signature Bank.
Para evitar o agravamento, o estado suíço não teve alternativas e entrou forte no jogo e financiou grande parte da aquisição do banco, pelo seu rival suíço UBS. Com a compra, os riscos para o mercado foram vistos como dirimidos, diminuindo a aversão ao risco, mas a crise ainda parece longe de acabar.