VIVEMOS NUM MUNDO DOENTE - II

As cenas lamentáveis no último domingo (26.03.2023) no RGS denunciam o difícil momento que estamos passando.

O grau de imbecilidade superou qualquer tentativa racional de explicação, atingiu de forma frontal a instituição base de toda a sociedade, a família.

Um senhor entra no campo do futebol com a filha de colo para agredir um profissional que está comemorando a vitória.

O fato curioso é que a ação que despertou a ira do torcedor, de raciocínio limitado, é o mais esperado num confronto esportivo, a comemoração.

Sociedade precisa ser repensada.

Fica nítida, a falta de empatia e de sensibilidade para se colocar no lugar do próximo, um dos grandes ensinamentos cristãos. Um simples raciocínio: eu não estaria comemorando?

Mas, a soberba, o rancor e os piores sentimentos parecem dominar a mente e corações, a ponto de inverter valores. Alguém poderia explicar para o aloprado que o grande troféu da vida, ele carregava no colo, uma criança linda que o acompanhava.

É necessário repensar a sociedade com base em valores mais elevados, a pandemia que desnudou as nossas limitações, não serviu de alerta para a construção de uma sociedade mais harmônica.

As pessoas criam inimigos por questões menores, pensar diferente é encarado como afronta, como sinal de guerra. PENSAR diferente é o processo normal, somos os resultados das nossas experiências que serão diferentes, COMO ADULTOS, não aprendemos algo, estamos reaprendendo e alterando paradigmas, esse é o caminho natural para evoluir.

O que torna uma sociedade melhor é a condição de construir valores comuns, como a família.

Aguardamos que medidas educativas e punitivas sejam aplicadas para que agressões psicológicas aos cidadãos do bem, não ocorram novamente.

Mas, por ironia, essa atitude pode ser educativa, olhe bem para a foto constrangedora antes de fazer algo agressivo, e pense que poderá ser você.

Estamos num mundo doente.