Manifestantes protestam contra ataques racistas a família de jovem baleado em Mogi das Cruzes

Eles se reuniram na manhã deste sábado no Largo do Rosário. Pedro Azpilicueta foi baleado nesta quarta-feira pelo vizinho, um guarda civil municipal, que teria direcionado ofensas racistas a ele, ao pai e toda família. Manifestação aconteceu no Largo do Rosário em Mogi das Cruzes

Guilherme Bateli/Arquivo Pessoal

Movimentos sociais, coletivos, partidos políticos e o movimento antifascista se reuniram na manhã deste sábado (26), no Largo do Rosário em Mogi das Cruzes, para protestar contra os ataques racistas que a família do jovem Pedro Azpilicueta vem sofrendo de um vizinho que é guarda civil municipal de Mogi.

Na quarta-feira (23), o guarda José Carlos de Oliveira atirou três vezes no jovem que se recupera em um hospital. O pai do jovem Jefferson Azpilicueta conta que os ataques começaram quando ele negou o pedido do vizinho que queria usar o muro da casa onde moram para fazer uma garagem. Desde então, o guarda municipal teria passado a direcionar ameaças, agressões verbais e ofensas racistas a ele, ao filho, Pedro Azpilicueta, e a toda a família.

A vereadora Ines Paz participou do ato neste sábado. Ela explica que a atividade, inicialmente, tinha uma pauta cultural para o encerrar a programação do mês da Consciência Negra comemorado em novembro. “Aproveitamos para esclarecer a população e colocar nosso posicionamento que não vamos permitir que isso fique impune. O crime precisa ser investigado. A família tem material para mostrar que é racismo”, afirma a vereadora.

Segundo Ines foram distribuídos panfletos para a população, explicando sobre o a violência da qual o jovem e a família foram alvos.

Ela conta ainda que a Câmara dever fazer um requerimento para que o secretário municipal de Segurança, Toriel Sardinha, preste explicações sobre o caso. “Não vamos aceitar que ele seja apenas suspenso ou expulso da GCM.”

A vereadora completa que junto com o ato contra o racismo também ocorreu uma manifestação contra o fascismo convocada pelo movimento antifascista.

Ato teve panfletagem e apresenação musical

Guilherme Bateli/Arquivo Pessoal

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