Guarda municipal suspeito de balear jovem negro em Mogi das Cruzes se apresenta à polícia

Como já havia um mandado de prisão, suspeito foi preso.Família afirma que vizinho fazia ataques racistas e que chegou a ser flagrado jogando cascas de banana em frente à casa da vítima. Guarda municipal atira contra vizinho negro em Mogi das Cruzes

O guarda municipal suspeito de balear um jovem negro de 28 anos, dentro de casa, em Mogi das Cruzes, foi preso na noite desta terça-feira (29). De acordo com a Polícia Civil, José Carlos de Oliveira se apresentou, acompanhado de uma advogada, no 3º Distrito Policial. Já havia um mandado de prisão contra ele.

Ele foi levado à carceragem no 1º DP. O g1 tenta localizar o advogado do suspeito.

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Guarda joga casca de banana na frente de casa de jovem negro antes de atirar contra ele

Imagens de câmera de monitoramento

O crime ocorreu no dia 23 de novembro na Avenida Ricieri José Marcatto, no distrito de César de Sousa. Segundo a família, o guarda é vizinho e atirou três vezes contra Pedro Azpilicueta, que estava dentro da própria casa. Ele foi atingido por dois disparos.

Nas imagens registradas por uma câmera de monitoramento é possível ver o momento em que o guarda e o jovem discutem (assista acima). O suspeito vai até a frente da casa da vítima para agredi-la com uma barra de ferro. A vítima então começa a gravar com o celular.

Pedro Azpilicueta trabalha em seu próprio pet shop em Mogi das Cruzes, segundo o pai

Arquivo Pessoal

O atirador chega com um revólver e dispara enquanto a vítima tenta se esconder. O rapaz precisou ser levado para uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e depois transferido para o Hospital Luzia de Pinho Melo, onde passou por cirurgia e segue internado.

De acordo com a família, Pedro está bem e deve ter alta nesta quinta (30).

Atitudes racistas

Guarda jogou casca de banana na frente de casa de jovem negro antes de atirar contra ele

No dia 9 de novembro, o guarda municipal foi flagrado por câmeras de monitoramento jogando cascas de banana em frente à casa da vítima. De acordo com o pai da vítima, o suspeito também fazia outros ataques racistas contra a família, usando falas como "macaco" e "preto sujo".

Ainda segundo Jefferson, nas diversas discussões que tiveram, era comum que o guarda apontasse uma arma em sua direção. Relatou também que vive no endereço há 30 anos e, desde que chegou na vizinhança, em 2015, o suspeito insulta a família.

Abertura de sindicância

O caso foi registrado pela Polícia Civil como tentativa de homicídio no 3º DP de Mogi das Cruzes. A polícia solicitou a perícia para a casa da vítima e também o exame de corpo de delito.

A Prefeitura de Mogi informou que apura o caso em conjunto com a Corregedoria da GCM. O guarda foi afastado administrativamente e uma sindicância será aberta.

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